
Publicada na revista conservadora Valeurs Actuelles no domingo (9/5), esta carta surge tr�s semanas depois de uma missiva similar, na qual os militares advertiam que uma guerra civil estava se formando na Fran�a.
Assinada por um grupo de oficiais e por cerca de 20 generais da reserva, o documento gerou grande pol�mica.
O primeiro-ministro a classificou de uma inger�ncia inaceit�vel, e o general de mais alto escal�o da Fran�a prometeu punir os respons�veis.
Ao contr�rio da carta anterior, esta � aberta a novas assinaturas e, poucas horas depois de sua difus�o, j� havia recebido 36.000 ades�es on-line.
"Falamos da sobreviv�ncia do nosso pa�s, do seu pa�s", diz o texto, dirigido a Macron e a seu gabinete.
Os autores se descrevem como soldados da ativa da gera��o mais jovem das For�as Armadas, a chamada "gera��o do fogo".
"No Afeganist�o, no Mali, na �frica Central, ou em qualquer outro lugar, muitos de n�s experimentamos fogo inimigo. Alguns de n�s perderam companheiros. Partiram para destruir o islamismo, ao qual voc�s est�o fazendo concess�es em nosso solo", criticam os autores.
"Quase todos n�s vivemos a Opera��o Sentinela", uma opera��o de seguran�a implantada ap�s os atentados de 7, 8 e 9 de janeiro de 2015, para fazer frente � amea�a terrorista no territ�rio nacional.
"Vimos com os nossos pr�prios olhos os sub�rbios abandonados, a concilia��o com a criminalidade. Sofremos as tentativas de instrumentaliza��o de v�rias comunidades religiosas, para as quais a Fran�a n�o significa nada, mas sim um objeto de sarcasmo, desprezo e at� �dio", completam.
E acrescentam: "Se explodir uma guerra civil, os militares manter�o a ordem em seu pr�prio solo (...) a guerra civil est�-se formando na Fran�a, e voc�s sabem disso perfeitamente".
A carta foi publicada em um tenso clima pol�tico na Fran�a, antes das elei��es presidenciais de 2022. Nelas, as pesquisas de opini�o at� o momento preveem que a oponente de Macron ser� a l�der da extrema direita Marine Le Pen.