Se os governos n�o adotarem "um conjunto abrangente" de medidas pol�ticas para enfrentar a informalidade, a recupera��o econ�mica da recess�o causada pela pandemia ficar� comprometida, afirmou a institui��o ao publicar sua primeira an�lise sobre o assunto.
No relat�rio, intitulado "A longa sombra da informalidade: desafios e pol�ticas", o Banco Mundial examina a abrang�ncia do fen�meno e suas poss�veis consequ�ncias para o desenvolvimento.
"Uma porcentagem surpreendentemente alta de trabalhadores e empresas em mercados emergentes e economias em desenvolvimento (EMED) opera fora do campo visual dos governos, representando um desafio que provavelmente retardar� a recupera��o dessas economias", relatou.
Alta informalidade significa limitar os recursos dispon�veis para os Estados.
As receitas dos governos de economias emergentes que apresentam n�veis de informalidade acima da m�dia est�o entre 5 e 12 pontos do PIB abaixo das de na��es com menos informalidade e o mesmo ocorre com os gastos p�blicos.
Esta situa��o "limita a capacidade dos governos de desenvolver medidas de apoio ao or�amento que ajudem a controlar a pandemia e gerar uma recupera��o robusta".
"Al�m disso, a capacidade dos bancos centrais de apoiar as economias � limitada por sistemas financeiros subdesenvolvidos associados � informalidade generalizada", disse o Banco Mundial.
Al�m disso, observou que grande parte do trabalho n�o declarado "mina os esfor�os pol�ticos para desacelerar a dissemina��o da covid-19 e impulsionar o crescimento econ�mico."
Isso ocorre porque o acesso limitado � seguridade social significa menos chance de ficar em casa ou atender aos requisitos de distanciamento social.
Nas EMEDs, as empresas informais representam 72% das empresas do setor de servi�os, destacou.
- O impacto na Am�rica Latina -
A informalidade varia muito de acordo com os pa�ses emergentes e em desenvolvimento e as regi�es em que est�o localizados.
No caso da Am�rica Latina e do Caribe, caiu nas �ltimas duas d�cadas: era equivalente a 35% do PIB oficial em 2010-18, ante 40% em 1990-99.
O emprego informal (medido pelo trabalho independente) em rela��o ao emprego total, por�m, aumentou cerca de 2 pontos percentuais entre 1990-99 e 2010-18, para 36%.
E a crise do coronav�rus certamente agravou essa situa��o.
"� prov�vel que a pandemia de covid-19 tenha aumentado dramaticamente a parcela do emprego informal, pelo menos temporariamente, e ao mesmo tempo, os trabalhadores informais sofreram perdas de renda desproporcionalmente grandes", disse o Banco.
O estudo tamb�m observa que nas economias da Am�rica Latina e do Caribe, onde a efic�cia do governo � baixa, a informalidade tende a ser alta.
O trabalho informal tamb�m tem impacto social: atinge mulheres e jovens com pouca prepara��o.
"Em meio � crise de covid-19, eles geralmente ficam para tr�s e t�m acesso limitado a redes de seguran�a social quando perdem seus empregos ou sofrem graves perdas de renda", disse Mari Pangestu, diretora-gerente de Pol�ticas de Desenvolvimento e Alian�as do Banco Mundial.
Pangestu exortou as autoridades a continuarem tomando medidas para combater a informalidade.
"Reconstruir a economia global ap�s a covid-19 significar� mobilizar todos os reservat�rios dispon�veis de energia produtiva para gerar um desenvolvimento verde, resiliente e inclusivo. Esse esfor�o deve come�ar agora e n�o pode ser bem-sucedido sem a plena considera��o dos desafios de covid-19 para o setor informal", completou.
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WASHINGTON