A 18 meses das elei��es de meio de mandato (as "midterms") e ainda a tr�s anos para a pr�xima corrida pela Casa Branca, o Partido Republicano puniu uma de suas correligion�rias, que se nega a aderir � afirma��o de Trump, sem qualquer evid�ncia, de que os democratas cometeram fraude na disputa presidencial de 2020.
Conservadora do estado do Wyoming e filha do ex-vice-presidente Dick Cheney (na gest�o de George W. Bush), Liz perdeu seu posto como n�mero tr�s do partido na C�mara.
"N�o podemos voltar ao passado com as perigosas mentiras do ex-presidente", declarou Cheney ap�s a decis�o. "Vou fazer o que estiver ao meu alcance para garantir que o ex-presidente n�o volte nunca mais (ao poder)", completou.
"Tudo isso acabou" -
Logo ap�s supervisionar a destitui��o de Cheney como n�mero tr�s do partido, o l�der dos republicanos na C�mara dos Representantes, Kevin McCarthy, esteve na Casa Branca para uma reuni�o com o presidente Joe Biden.
"N�o acho que algu�m duvide da legitimidade da elei��o presidencial", declarou McCarthy ap�s o encontro o Biden. "Acredito que tudo isso acabou. Nos reunimos com o presidente".
Durante cerca de duas horas, Joe Biden reuniu-se pela primeira vez com os quatro l�deres do Congresso: a presidente da C�mara dos Representantes, Nancy Pelosi, o l�der da maioria no Senado, Chuck Schumer, e os l�deres das minorias republicanas, Kevin McCarthy e o senador Mitch McConnell.
"Sa� animado", declarou Biden sobre o encontro, mostrando-se satisfeito ao "ver que h� espa�o para encontrar um compromisso em um projeto de lei" sobre infraestruturas.
O presidente democrata revelou no fim de mar�o um plano de investimento de 2 trilh�es de d�lares voltado para a infraestrutura do pa�s, a luta contra a mudan�a clim�tica e tamb�m para servi�os como a aten��o � popula��o da terceira idade.
Seu projeto � muito criticado pelos republicanos, favor�veis a investimentos mais limitados.
Desde ent�o, as negocia��es nos bastidores avan�aram lentamente no Congresso.
- "Culto � personalidade" -
Cheney havia se mostrado nos �ltimos dias resignada a perder seu lugar na hierarquia republicana, n�o sem antes exortar os correligion�rios a virar as costas ao "culto � personalidade de Trump".
A congressista foi uma dos 10 republicanos da C�mara que votaram para indiciar Trump por "incitamento � insurrei��o" durante o ataque ao Capit�lio em 6 de janeiro.
O Senado acabou absolvendo o ex-presidente republicano.
Cheney, 54, sobreviveu a um primeiro voto de censura em fevereiro. Mas, desde ent�o, a paci�ncia de seus colegas, incluindo os cr�ticos de Trump, tem se esgotado porque, em seu papel como n�mero tr�s, ela foi respons�vel por transmitir a mensagem do partido antes das elei��es parlamentares cruciais de 2022.
A mensagem de Kevin McCarthy � clara: � imposs�vel vencer sem mostrar uma frente unida.
Mas, no Capit�lio, os legisladores continuaram mostrando suas divis�es ap�s a vota��o.
"Esta � a segunda vez que voto contra. Estou feliz que a bancada republicana tenha me acompanhado", disse � AFP a congressista Marjorie Taylor Greene, que no inverno compareceu ao Congresso usando uma m�scara com a frase "Trump ganhou".
O senador republicano Mitt Romney, um dos maiores inimigos de Trump no partido, destacou a "integridade" de Liz Cheney.
"O melhor futuro para nossa democracia, assim como para meu partido, � defender a verdade", afirmou Romney � AFP.
McCarthy e o n�mero dois da minoria republicana na C�mara dos Deputados, Steve Scalise, endossam uma jovem moderada apoiadora de Trump, Elise Stefanik, como substituta de Cheney.
Stefanik, ainda n�o tem um rival s�rio pelo cargo e os endossos dos influentes l�deres do partido a tornam claramente a favorita.
Mas uma vota��o para um novo presidente da confer�ncia ainda n�o foi definida, j� que alguns republicanos temem que Stefanik, embora seja uma apoiadora ferrenha de Trump, n�o seja conservadora o suficiente.
WASHINGTON