O Tribunal de Apela��o de Paris determinou nesta quarta-feira, 12, que as empresas Air France e Airbus sejam processadas por "homic�dio involunt�rio" pela responsabilidade indireta no voo Rio-Paris, que caiu no mar em 2009 matando 228 pessoas.
A decis�o, motivada por apelos da Procuradoria-Geral e de parentes das v�timas, invalida a suspens�o do processo determinada em 2019, que favoreceu a companhia a�rea franco-holandesa e o fabricante europeu de aeronaves no encerramento das investiga��es.
Os advogados da Airbus anunciaram que apelar�o � Suprema Corte e denunciaram uma "decis�o injustificada". "A Air France nega ter cometido um crime" que causou este terr�vel acidente, disse o advogado da companhia a�rea, Fran�ois Saint-Pierre.
As fam�lias das v�timas, por outro lado, receberam a not�cia com alegria. "� uma grande satisfa��o a sensa��o de finalmente ter sido ouvido pela Justi�a", disse com grande emo��o Dani�le Lamy, presidente da associa��o "Entraide et Solidarit� AF447".
Em 1.� de junho de 2009, um Airbus A330 cobrindo a rota Rio de Janeiro-Paris caiu no Oceano Atl�ntico. Todos os passageiros e tripulantes - 228 pessoas de 34 nacionalidades - morreram no acidente, o pior da hist�ria da companhia a�rea francesa.
Em 2019, ap�s uma d�cada de batalhas judiciais, a Procuradoria de Paris pediu um julgamento apenas contra a Air France, avaliando que a companhia a�rea foi "negligente e imprudente" nos treinamentos seus pilotos.
Os ju�zes de instru��o n�o seguiram sua recomenda��o e pronunciaram a suspens�o geral do processo. Para eles, o acidente se deveu "a uma combina��o de elementos que nunca haviam ocorrido e, portanto, revelaram perigos nunca antes percebidos".
As investiga��es "n�o levaram � caracteriza��o de falha da Airbus ou da Air France em rela��o a erros de pilotagem na origem do acidente." As fam�lias das v�timas e o sindicato dos pilotos apelaram, assim como a acusa��o.
A Procuradoria-Geral foi al�m das exig�ncias do Minist�rio P�blico de Paris, do qual � superior, ao solicitar que n�o s� a Air France, mas tamb�m a Airbus fossem a julgamento.
A Procuradoria-Geral considerou que as causas indiretas do acidente s�o responsabilidade das duas empresas. Os respons�veis pela Air France, disse a Procuradoria, "n�o forneceram a forma��o e as informa��es necess�rias para as tripula��es" enquanto "a Airbus subestimou a gravidade das falhas da sonda de velocidade Pitot" e n�o fizeram o suficiente para corrigi-las. O congelamento da sonda durante o voo causou um dist�rbio nas medi��es de velocidade, desorientando os pilotos at� que eles perdessem o controle do avi�o. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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