De acordo com esta pesquisa realizada on-line, "54% das pessoas LGBTQI foram intimidadas na escola pelo menos uma vez, devido � sua orienta��o sexual, identidade de g�nero, express�o de g�nero, ou varia��es em suas caracter�sticas sexuais".
Nesta sondagem, feita em 2019, mais de 17.000 jovens com idades entre 13 e 24 anos foram entrevistados pela Iglyo, uma organiza��o de jovens e estudantes LGBTQI.
"A viol�ncia baseada na orienta��o sexual, na identidade de g�nero, na express�o de g�nero e nas varia��es nas caracter�sticas sexuais � um problema generalizado em todas as escolas europeias", informa o relat�rio de Acompanhamento da Educa��o no Mundo (ou GEM, Global Education Monitoring) da Unesco, divulgado hoje, por ocasi�o do Dia Mundial contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia.
Mais de oito em cada dez entrevistados (83%) afirmam terem testemunhado coment�rios negativos para com alunos LGBTQI, e mais de dois ter�os (67%) foram alvo de tais coment�rios, pelo menos uma vez. Estes incidentes raramente s�o relatados � equipe educacional, devido � falta de rea��o.
Apenas 3% dos professores interv�m sistematicamente, ao testemunharem estes incidentes, enquanto 80% nunca, ou quase nunca, interv�m, acrescenta a pesquisa.
"Educa��o n�o � apenas matem�tica e palavras", disse Manos Antoninis, diretor do relat�rio GEM da Unesco.
"As escolas devem ser inclusivas, se quisermos que a sociedade tamb�m seja", frisou Antoninis, citado em um comunicado da Unesco � imprensa.
Na mesma declara��o, o diretor-executivo interino da Iglyo, Jonathan Beger, lamentou, por sua vez, que, "apesar das mudan�as no discurso nacional em muitos pa�ses, muitos alunos LGBTQI ainda n�o se sentem seguros e bem-vindos � escola".
O isolamento dos jovens e o forte aumento das intera��es on-line no ano passado tamb�m podem ter aumentado o fen�meno do ass�dio e da marginaliza��o, acrescentou Berger.
A an�lise anexada ao relat�rio GEM confirma que a discrimina��o contra alunos LGBTI � um fen�meno global. Para enfrentar este quadro, a Unesco defende "um ambiente seguro de aprendizagem (...)", considerando que este � "um passo crucial para conseguir a inclus�o dos estudantes LGBTQI".