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Estado de Minas INTERNACIONAL

Ascens�o da esquerda e independentes preocupa establishment no Chile


17/05/2021 18:57

O eleitor chileno deu uma guinada � esquerda e esnobou os partidos que se revezam desde a redemocratiza��o no comando do pa�s na elei��o dos 155 deputados da Conven��o Constitucional respons�vel por substituir a Carta criada na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Nesta segunda-feira, 17, dia seguinte ao resultado, a Bolsa de Santiago chegou a cair mais de 9% e o peso chileno perdeu 2,1% do valor frente ao d�lar.

Com a derrota da lista de direita apoiada pelo presidente Sebasti�n Pi�era, os conservadores n�o ter�o poder de veto na discuss�o dos artigos, em um ind�cio de que, com a nova Carta, os chilenos podem recriar servi�os p�blicos privatizados na era Pinochet, tanto na sa�de quanto na educa��o e em outros setores da economia.

Listas de candidatos independentes, de ideologia mais � esquerda, mas sem vincula��o com partidos pol�ticos tradicionais tiveram 46% dos votos e, juntos, ter�o 48 assentos na assembleia.

A principal for�a pol�tica dos independentes � a 18-0, lista criada por participantes dos protestos de 2019 que tomaram conta do pa�s e levaram o governo a convocar um referendo sobre uma nova Constitui��o ap�s semanas de viol�ncia. Com uma plataforma � esquerda, a 18-O n�o cr� na pol�tica partid�ria convencional.

No entanto, a maioria dos eleitos na lista � composta por ne�fitos na pol�tica. S�o professores, profissionais liberais, ativistas de movimentos sociais e estudantes.

Fracasso da pol�tica tradicional

A lista Vamos por Chile, formada pelos conservadores e a centro-direita, tem a segunda bancada, com 37 deputados. A meta da coliga��o era passar de 50 assentos na Constituinte, para deter o poder de veto sobre artigos da Constitui��o e, desta forma, impedir mudan�as mais amplas no atual texto constitucional.

A meta, no entanto, ficou distante. Mesmo com o campo da direita unido, liberais moderados t�m maioria na lista diante dos conservadores.

"O povo deu seu recado claro ao governo e as for�as pol�ticas: n�o estamos sintonizados com suas demandas e estamos sendo desafiados por novas lideran�as", reconheceu o presidente Sebasti�n Pi�era.

A lista de esquerda formada pela Frente Ampla e o Partido Comunista Chileno, tem a terceira bancada, com 28 deputados. O bloco optou por n�o se aliar � lista formada pela antiga Concerta��o de Esquerda, que governou o pa�s durante a maior parte da redemocratiza��o, com nomes como Ricardo Lagos e Michelle Bachelet. A lista da antiga Concerta��o foi a quarta mais votada e ter� 27 assentos.

Analistas s�o un�nimes em apontar a vota��o como a marca de uma nova etapa na hist�ria chilena, mas o futuro da estabilidade econ�mica chilena est� em risco, caso n�o haja espa�o para di�logo na Constituinte.

Incertezas pedem modera��o

"N�o sabemos ainda a dura��o nem a profundidade dessas mudan�as que se anunciam", avalia o cientista pol�tico Gonzalo Cordero.

J� para Claudia Heiss, cientista pol�tica da Universidade do Chile, o triunfo dos independentes dar� um rosto mais cidad�o � Constituinte, com mais legitimidade.

O cientista pol�tico Marcelo Mella, da Universidade de Santiago, acredita que caber� aos partidos moderar os independentes. "Os partidos resistiram a Pinochet. Esses terremotos passam. O mesmo ocorrer� agora", aposta.

Modera��o � tamb�m a palavra-chave para observadores do pujante setor econ�mico chileno. "O di�logo precisa ser preservado para evitar que extremistas de ocasi�o ganhem campo", diz Joaquin Villarino, especialista em mercado de cobre, a principal commodity chilena. COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS


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