
Um alto funcion�rio do governo israelense afirmou ao jornal norte-americano The New York Times que "provavelmente" chegar�o a um acordo nos pr�ximos dois dias. A mesma vers�o foi revelada por Moussa Abu Marzouk, um dos l�deres do Hamas, que afirmou que o cessar-fogo deve ser confirmado "em um ou dois dias" em entrevista a uma rede de TV libanesa.
Ainda de acordo com a publica��o norte-americana, o cessar-fogo em discuss�o viria em etapas. A primeira condi��o seria o fim dos ataques israelenses contra a infraestrutura e instala��es do Hamas e o fim das tentativas de matar representantes do grupo.
Em contrapartida, o Hamas teria que interromper todos disparos de foguetes contra cidades israelenses. Israel tamb�m estaria exigindo que os palestinos parem de cavar t�neis de ataque em dire��o a Israel e com as manifesta��es violentas na fronteira Gaza-Israel.
O acordo tamb�m incluiria etapas posteriores ao cessar-fogo entrar em vigor, incluindo a devolu��o dos corpos de dois soldados capturados pelo Hamas e de dois civis israelenses detidos pelo grupo. Em troca, disseram as autoridades, Israel permitiria a passagem de bens e fundos para Gaza.
Negociadores eg�pcios que trabalham na constru��o do acordo, em conversas reservadas com a Associated Press, afirmaram que aguardam a resposta de Israel sobre a proposta de cessar-fogo.
Oficialmente, Israel negou a exist�ncia de negocia��es ou a iminente assinatura de um acordo, mas essa pode ser uma t�tica destinada a pressionar o Hamas, mostrando que Israel n�o teme uma nova escalada.
Na quarta-feira (19/5), o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu continuar a opera��o no enclave palestino at� que os objetivos israelenses sejam alcan�ados. "Estou determinado a prosseguir essa opera��o at� que o objetivo final seja alcan�ado, que � restaurar a paz e a seguran�a aos cidad�os israelenses", afirmou o premi�.
A declara��o de Netanyahu foi feita ap�s a Casa Branca divulgar um comunicado que revelava que o presidente norte-americano, Joe Biden, cobrou uma "desacelera��o significativa" do conflito no mesmo dia.
Nem s� dos americanos vem a press�o internacional por um cessar-fogo. O ministro das Rela��es Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, viajou at� a regi�o. Maas reafirmou o direito de defesa de Israel "contra ataques inaceit�veis", mas tamb�m expressou preocupa��o com o n�mero de v�timas civis no conflito.
Autoridades de Sa�de de Gaza afirmam que cerca de 230 pessoas j� morreram no enclave desde o come�o do confronto, incluindo 65 crian�as. Doze pessoas morreram do lado israelense durante bombardeios do Hamas, sendo duas crian�as.
O chefe da diplomacia alem� ser� recebido durante a noite pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjord�nia ocupada, mas n�o ter� conversas diretas com o Hamas, organiza��o considerada "terrorista" pela Uni�o Europeia e pelos Estados Unidos.
Confrontos continuam apesar das negocia��es
Mesmo com as negocia��es avan�ando, segundo as autoridades, novos bombardeios ocorreram entre a noite da quarta-feira, 19, e a manh� desta quinta, 20. O Ex�rcito israelense divulgou que estava ampliando seus ataques contra alvos militantes no sul de Gaza para conter os disparos cont�nuos de foguetes do Hamas.
Ca�as israelenses bombardearam as casas de pelo menos seis dirigentes do grupo palestino, segundo o ex�rcito. Ao mesmo tempo, sirenes foram acionadas no sul de Israel por uma nova salva de foguetes, reivindicada pela Jihad Isl�mica, outro grupo armado sediado em Gaza.
Os movimentos armados palestinos j� lan�aram contra o territ�rio israelense mais de 4.000 foguetes, mas a maioria foi interceptada pelo Domo de Ferro.
Residentes de Gaza relatam que pelo menos cinco casas foram destru�das na cidade de Khan Younis, ao sul.
Em uma delas, estilha�os atingiram a tia do propriet�rio, matando-a, e feriram sua filha e dois primos. Weam Fares, porta-voz de um hospital pr�ximo, confirmou a morte e disse que pelo menos 10 pessoas ficaram feridas em ataques durante a noite. Tamb�m houve bombardeios na rua al-Saftawi, uma via comercial na cidade de Gaza. COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS