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Estado de Minas NA��ES UNIDAS

Palestinos e israelenses se acusam mutuamente de genoc�dio na ONU


20/05/2021 18:35 - atualizado 20/05/2021 18:37

O ministro das Rela��es Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, e o embaixador israelense nos Estados Unidos, Gilad Erdan, se acusaram mutuamente de "genoc�dio" durante um debate na Assembleia Geral da ONU sobre o conflito israelense-palestino.

Minutos antes, na abertura da reuni�o em que participaram v�rios ministros mesmo com as restri��es devido � pandemia, o secret�rio-geral da entidade, Antonio Guterres, qualificou como "inaceit�veis" os cont�nuos ataques entre os dois.

Guterres disse que ficou "consternado" com os bombardeios e pediu que os combates terminassem "imediatamente".

Maliki, por sua vez, clamou: "Vamos parar com este massacre", que j� deixou mais de 200 mortos no lado palestino, afirmou, pedindo que a comunidade internacional "acabe com a ocupa��o israelense".

"Como pode uma pot�ncia ocupante ter o direito de se defender quando todo um povo sob ocupa��o est� privado dos mesmos direitos?", questionou o ministro palestino sobre as reivindica��es israelenses de autodefesa.

"Como podem alguns se apressar em fazer declara��es condenando o assassinato de um palestino em um momento em que o mundo inteiro permanece em sil�ncio e fecha os olhos ao genoc�dio de fam�lias palestinas inteiras?", acrescentou ele.

Durante seu discurso, Erdan, embaixador de Israel nos Estados Unidos e nas Na��es Unidas, deixou o anfiteatro da Assembleia Geral em protesto contra os coment�rios palestinos.

"No debate de hoje, n�o vemos uma defesa dos objetivos estabelecidos pela ONU, mas sim uma indiferen�a em rela��o ao status do Hamas, que, como os nazistas, est� empenhado no genoc�dio do povo judeu", declarou o diplomata israelense. "Vemos uma tentativa de criar uma falsa equival�ncia moral", acrescentou.

E contrastou: "Israel faz tudo o poss�vel para evitar baixas civis. O Hamas faz tudo o poss�vel para aumentar as baixas civis".

"O Hamas � uma organiza��o terrorista jihadista que disparou mais de 4 mil foguetes contra cidades israelenses nos �ltimos 11 dias", afirmou Erdan.

Segundo a pol�cia israelense, foguetes do Hamas e de outros grupos isl�micos armados deixaram 12 mortos em Israel, incluindo uma crian�a, um indiano e dois tailandeses.

Enquanto isso, os ataques israelenses em Gaza mataram 232 palestinos, incluindo 65 crian�as, e feriram 1.900, segundo o Minist�rio da Sa�de de Gaza.

Al�m disso, de acordo com as autoridades do Hamas, vastas �reas ficaram em escombros e cerca de 120.000 pessoas foram deslocadas.

- "Emerg�ncia humanit�ria" -

Nas interven��es dos pa�ses �rabes, Israel sofreu uma rodada de condena��es, intercaladas pelo discurso da embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, que rejeitou as cr�ticas aos EUA de quem considera sua gest�o do conflito muito cautelosa.

"Nas pr�ximas horas e dias continuaremos a pressionar incansavelmente pela paz" e "n�o ficaremos calados", garantiu a diplomata norte-americana. "Esperamos que os habitantes da regi�o nos tenham ouvido em alto e bom som", disse ela.

Desde o in�cio do conflito em 10 de maio, Washington se op�s � organiza��o de reuni�es de emerg�ncia do Conselho de Seguran�a e bloqueou tr�s declara��es deste �rg�o respons�vel pela paz mundial pedindo o fim dos confrontos.

Nesta quinta-feira, os EUA seguiram rejeitando um projeto de resolu��o proposto pela Fran�a para exigir uma "cessa��o imediata das hostilidades", disseram diplomatas � AFP. Paris se recusou a indicar uma poss�vel data de vota��o.

Em un�ssono, os chefes da diplomacia do Catar, Jord�nia, Tun�sia, Arg�lia, Turquia, Paquist�o e Kuwait exigiram perante a Assembleia Geral a condena��o "da agress�o" cometida, segundo eles, por Israel.

"Esses massacres duraram tempo demais", julgou o jordaniano Ayman Safadi, enquanto o tunisiano Othman Jerandi denunciou um "genoc�dio".

Por sua vez, o turco Mevl�t Cavusoglu exigiu que a ONU obrigasse Israel a "cessar sua campanha de limpeza �tnica".

J� o ministro das Rela��es Exteriores da Arg�lia, Sabri Bukadum instou o "secret�rio-geral da ONU a declarar estado de emerg�ncia humanit�ria para aliviar os palestinos e reconstruir Gaza".


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