(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas YANGON

Suu Kyi comparece a tribunal pela primeira vez desde o golpe em Mianmar e desafia generais


24/05/2021 08:12

A ex-dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi, que recebeu v�rias acusa��es da junta militar, compareceu nesta segunda-feira (24) pela primeira vez a uma audi�ncia presencial em um tribunal desde o golpe de Estado e desafiou os generais que derrubaram seu governo.

As for�as de seguran�a foram mobilizadas ao redor do tribunal, especialmente instalado na capital, Naypyidaw, para julgar a ex-chefe de Governo.

Aung San Suu Kyi, de 75 anos, que est� em pris�o domiciliar e n�o � vista em p�blico desde sua deten��o no dia 1� de fevereiro, parece estar em "boa sa�de", afirmou � AFP sua advogada Min Min Soe, que teve uma reuni�o de 30 minutos com a cliente ao lado de outros advogados.

Antes da audi�ncia, ela expressou um tom desafiador com a junta, ao afirmar que seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), "existir� enquanto o povo existir, porque foi fundado para o povo", segundo a advogada.

Os generais amea�am dissolver o partido, que venceu as elei��es legislativas de 2020 por ampla maioria, alegando uma fraude na vota��o.

A Comiss�o Eleitoral, muito pr�xima ao regime militar, afirmou que a investiga��o est� quase conclu�da.

Aung San Suu Kyi, vencedora do Pr�mio Nobel da Paz em 1991 por sua longa luta contra as anteriores ditaduras militares, est� entre as mais 4.000 pessoas detidas desde o golpe.

Acusada seis vezes desde sua deten��o, ela enfrenta v�rias acusa��es, que v�o de posse ilegal de walkie-talkies at� incita��o da desordem p�blica e viola��o de uma lei de segredo de Estado.

Se for considerada culpada, ela pode ser banida da pol�tica e condenada a v�rios anos de pris�o.

A pr�xima audi�ncia est� programada para 7 de junho, indicou Min Min Soe, que tamb�m se reuniu com o ex-presidente Win Myint, detido ao mesmo tempo que Aung San Suu Kyi.

- Combates intensos entre ex�rcito e insurgentes -

Mianmar enfrenta um cen�rio de caos desde o golpe de Estado, com manifesta��es e greves que paralisam a economia.

A rebeli�o � reprimida com viol�ncia pelas for�as de seguran�a, que nos �ltimos meses mataram pelo menos 818 civis, incluindo mulheres e menores de idade, segundo a Associa��o de Apoio aos Presos Pol�ticos (AAPP).

Dezenas de milhares de birmaneses tamb�m foram obrigados a fugir ante os confrontos entre o ex�rcito e as mil�cias �tnicas, muito ativas no pa�s.

No domingo foram registrados combates intensos entre os militares e uma fac��o, o Partido Nacional Progressista Karenni (KNPP), com sede no estado de Kayah (este).

O ex�rcito utilizou helic�pteros e tanques contra os insurgentes, lan�ou morteiros e os combates prosseguiram at� a noite, segundo uma fonte do KNPP.

Quatro pessoas que estavam refugiadas em uma igreja morreram nos bombardeios, segundo um porta-voz de um grupo local que coordena as retiradas.

A violenta repress�o do ex�rcito motivou os opositores da junta militar a formar a For�a de Defesa do Povo (PDF), integrada por civis que usam armas de fabrica��o caseira.

Ao menos 30 militares e policiais morreram no fim de semana em confrontos com as PDF no leste do pa�s, de acordo com fontes do grupo que pediram anonimato.

Ao mesmo tempo, o l�der da junta, Min Aung Hlaing, permanece � frente do pa�s.

Questionado sobre seus planos pelo canal Phoenix de Hong Kong, ele respondeu "n�o tenho ideia".

Mas a imprensa local afirmou que o regime suprimiu o limite de idade para a aposentadoria dos generais, o que significa que ele poder� continuar no cargo depois de completar 65 anos em julho.

Min Aung Hlaing afirmou que desde o golpe morreram apenas 300 civis e 47 policiais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)