"O sentimento antimu�ulmano continua sendo um problema dentro do partido. � prejudicial ao partido e provoca rejei��o por uma parte importante da sociedade", diz o relat�rio, que analisou 1.418 den�ncias de discrimina��o apresentadas entre 2015 e 2020, relacionadas com 727 incidentes. Dois ter�os deles se referiam a mu�ulmanos.
Este sentimento antimu�ulmano � detectado em n�vel local, ou individual, segundo o documento, que afirma, por�m, n�o ter identificado qualquer "racismo institucional" no tratamento das den�ncias.
"Em nome do Partido Conservador, quero pedir desculpas a todos aqueles que se sentiram feridos por um comportamento discriminat�rio, ou desamparados por nostro sistema", reagiu a copresidente do partido, Amanda Milling.
A deputada reconheceu "falhas" na gest�o das den�ncias, mas assegurou que o partido est� "comprometido com corrigir estes erros", assim como a "trabalhar mais duro para erradicar todas as formas de discrimina��o".
Os conservadores adotar�o todas as recomenda��es do informe e apresentar�o seu plano para aplic�-las "em um prazo de seis semanas", prometeu Amanda.
Entre elas, est�o uma revis�o do sistema de gest�o de den�ncias, uma maior transpar�ncia no tratamento destas den�ncias, um c�digo de conduta claro para todos os membros, al�m de treinamento e revis�o das regras para as redes sociais.
Acusado de permitir que a islamofobia ganhasse espa�o entre seus correligion�rios, em dezembro de 2019, o partido no poder encarregou o professor de psicologia Swaran Singh, ex-membro de uma comiss�o nacional de igualdade, do t�o esperado estudo sobre a discrimina��o em suas fileiras.
A encomenda do relat�rio foi feita pouco depois da vit�ria esmagadora dos conservadores nas elei��es legislativas, em um momento em que a oposi��o trabalhista enfrentava acusa��es de antissemitismo cr�nico.
O pr�prio Boris Johnson foi amplamente criticado por escrever um artigo em 2018, quando era ministro das Rela��es Exteriores, no qual comparava mulheres mu�ulmanas que usam o v�u integral a "caixas de correio", ou "ladr�es de banco".
Isso acentua a impress�o, de acordo com o relat�rio, de que "o partido e seus l�deres n�o t�m considera��o pelas comunidades mu�ulmanas".
Johnson disse "lamentar" que suas palavras tivessem sido ofensivas. "Usaria hoje algumas das dolorosas palavras dos meus escritos anteriores? N�o, n�o agora que sou primeiro-ministro", respondeu ele no informe.
LONDRES