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Estado de Minas ROMA

It�lia celebra deten��o no Brasil de chefe da m�fia


25/05/2021 20:42 - atualizado 25/05/2021 20:43

A It�lia celebrou nesta ter�a-feira (25) a deten��o no Brasil de um dos chefes da m�fia calabresa, Rocco Morabito, o segundo criminoso mais procurado do pa�s, em uma opera��o conjunta entre as duas na��es.

"� uma conquista extraordin�ria, que demonstra a capacidade da magistratura e dos organismos respons�veis pela aplica��o da lei para combater de maneira eficaz o crime organizado e suas ramifica��es internacionais", afirmou a ministra italiana do Interior, Luciana Lamorgese, em um comunicado.

"� um duro golpe para a 'Ndrangheta (ndr: m�fia calabresa). A luta contra as m�fias e a ilegalidade � uma prioridade", declarou o ministro da Defesa, Lorenzo Guerini.

Morabito, de 54 anos, era o segundo mafioso italiano mais procurado, atr�s apenas do chefe da Cosa Nostra, Matteo Messina Denaro. O l�der da 'Ndrangheta foi detido na cidade de Jo�o Pessoa, na segunda-feira (24), resultado de "uma investiga��o conjunta entre Brasil e It�lia", informou a Pol�cia Federal (PF).

Desde domingo (23), "uma equipe de policiais italianos do Escrit�rio Central da Interpol em Roma, que participou da investiga��o, e dos Carabinieri, seguiu para o Brasil ante a perspectiva da deten��o".

A PF afirmou que "h� registros da liga��o de Rocco Morabito com a organiza��o do tr�fico de drogas entre Brasil e Europa desde a d�cada de 1990".

A Pol�cia Federal anunciou uma entrevista coletiva ainda para esta ter�a-feira com detalhes sobre a opera��o de captura.

- A vida normal do corretor de drogas -

Por sua vez, o procurador de Reggio Calabria, Giovanni Bombardieri, em coletiva de imprensa realizada virtualmente, reiterou que Morabito, durante toda a sua longa estadia na Am�rica do Sul, agiu como "o 'broker' (agente) internacional da droga".

Conhecido como "rei da coca�na" por suas rela��es com grupos criminosos da Am�rica do Sul, Morabito era procurado desde 1995 pela Justi�a italiana, que o acusa de associa��o criminosa e de tr�fico de drogas.

Condenado � revelia a 28 anos de pris�o, uma senten�a que depois foi ampliada para 30 anos, ele foi detido ao lado de outro membro da 'Ndrangheta, Vincenzo Pasquino, natural de Turim, tamb�m inclu�do na lista de criminosos mais procurados.

"Os dois estavam em um mesmo quarto. Morabito ficou muito surpreso (quando o prenderam, ndr). N�o havia notado nada incomum. Vivia uma vida normal. Ia � praia e frequentava os locais p�blicos. N�o tinha a vida de um fugitivo", contou o comandante do segundo setor investigativo do Corpo Especial de Opera��es (Ros) da It�lia, Massimiliano D'Angelantonio.

Morabito foi detido em 2017 em um hotel de Montevid�u, capital do Uruguai, depois de morar por 13 anos com uma identidade falsa no balne�rio de Punta del Este.

O comandante do corpo especial de opera��es italiano (ROS), general Pasquale Angelosanto, declarou � emissora RAINews que Morabito "tinha uma segunda identidade no Uruguai, formou inclusive uma nova fam�lia e se apresentava como um rico empres�rio da soja, com contatos com autoridades locais".

A Justi�a uruguaia aprovou sua extradi��o para a It�lia em 2018. Em junho de 2019, por�m, Morabito protagonizou uma not�ria fuga pelo telhado da Pris�o Central de Montevid�u ao lado de outros tr�s estrangeiros. Estava foragido desde ent�o.

O ministro do Interior uruguaio, Luis Alberto Heber, descreveu a fuga como um epis�dio que encheu seu pa�s de "vergonha internacional" em entrevista coletiva realizada na ter�a-feira.

O promotor de justi�a, Jorge D�az, informou que o Uruguai n�o solicitar� a extradi��o de Morabito para n�o obstruir o mesmo processo em seu pa�s natal.

"Rocco Morabito vai ser extraditado para a It�lia", disse ele.

Para o procurador nacional antim�fia da It�lia, Federico Cafiero de Raho, essa foi uma opera��o "exemplar" pela colabora��o e coopera��o internacional alcan�ada, j� que envolveu tamb�m a Interpol, o FBI e a DEA americanos.

"Foi um trabalho inovador em quest�o de investiga��o, o clima de coopera��o tem sido um aprendizado para todas as opera��es futuras", afirmou por sua vez na coletiva de imprensa virtual o procurador de Crimes Econ�micos Uruguai, Ricardo Lackner.


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