"H� um s�rio risco de fome se a assist�ncia n�o aumentar nos pr�ximos dois meses", escreveu Mark Lowcock, subsecret�rio-geral da ONU para Assuntos Humanit�rios e Coordenador de Ajuda de Emerg�ncia da ONU.
Mais de seis meses depois que o primeiro-ministro et�ope, Abiy Ahmed, lan�ou o que ele chamou de uma opera��o militar "r�pida", os combates e os abusos continuam no Tigr�, onde a amea�a da fome ronda por v�rios meses.
"S�o necess�rias medidas concretas com urg�ncia para quebrar o ciclo vicioso entre conflito armado, viol�ncia e inseguran�a alimentar", disse Lowcock em nota de 2,5 p�ginas.
O funcion�rio brit�nico pediu ao conselho "que tome todas as medidas poss�veis para evitar a ocorr�ncia da fome". "Hoje, pelo menos 20% da popula��o daquela �rea enfrenta inseguran�a alimentar emergencial", disse.
"Nos seis meses e meio desde o in�cio do conflito no Tigr�, no in�cio de novembro de 2020, cerca de dois milh�es de pessoas foram deslocadas. H� civis mortos e feridos", acrescentou Lowcock.
"Os estupros e outras formas de viol�ncia sexual abomin�veis s�o generalizadas e sistem�ticas. A infraestrutura p�blica e privada foi destru�da, incluindo o que � essencial para a sobreviv�ncia da popula��o civil, incluindo hospitais e terras ar�veis", alertou.
Ele estimou que "mais de 90% da colheita foi perdida devido a saques, queimadas ou outras formas de destrui��o, e que 80% do gado da regi�o foi saqueado ou abatido".
"Apesar de uma melhora em mar�o e da coopera��o das autoridades em n�vel local, o acesso humanit�rio em geral se deteriorou recentemente", escreveu Lowcock.
"As opera��es humanit�rias s�o atacadas, obstru�das ou sofrem atrasos na entrega da ajuda que salva vidas. Oito trabalhadores humanit�rios morreram no Tigr� nos �ltimos seis meses", disse ele.
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