"Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, per�odo pr�-pandemia, mas ainda est� 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econ�mica do pa�s, alcan�ado no primeiro trimestre de 2014", afirma o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
O PIB brasileiro tamb�m cresceu 1% em rela��o ao primeiro trimestre de 2020.
Os n�meros do IBGE confirmaram que a economia nacional resistiu � segunda onda do coronav�rus, que afetou o pa�s com mais for�a do que a primeira, e superaram as previs�es dos economistas consultados pelo jornal Valor, que calculavam um crescimento de 0,7% em rela��o ao trimestre anterior, e de 0,5% em compara��o com o mesmo per�odo de 2020.
Ap�s o an�ncio, a Bolsa de S�o Paulo bateu um recorde ao superar os 128.000 pontos, enquanto o real se valorizou a 5,15 unidades por d�lar, sua melhor marca desde janeiro.
Este � o terceiro resultado positivo consecutivo depois de duas quedas no primeiro e no segundo trimestre de 2020, ano em que a economia brasileira caiu 4,1% devido � pandemia de coronav�rus.
A expans�o da economia nacional foi impulsionada gra�as aos resultados positivos na agropecu�ria (5,7%), ind�stria (0,7%) e em servi�os (0,4%), segundo os dados do IBGE.
"Mesmo com a segunda onda da pandemia de covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, j� que, diferente do ano passado, n�o houve tantas restri��es que impediram o funcionamento das atividades econ�micas no pa�s", avalia a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Epidemiologistas, no entanto, alertam sobre o impacto que essa reabertura poderia ter na crise sanit�ria, e temem uma terceira onda, enquanto a vacina��o caminha muito lentamente no pa�s.
A campanha de vacina��o sofre frequentes atrasos por falta de insumos. Menos de 11% da popula��o recebeu as duas doses dos imunizantes.
Com mais de 460.000 �bitos, o Brasil � o segundo pa�s em n�mero de mortes, e o terceiro em n�mero de casos, com mais de 16,5 milh�es de cont�gios.
Apesar dos n�meros alarmantes, o presidente Jair Bolsonaro continua questionando as medidas de prote��o e relativizando a crise de sa�de.
Abril foi o m�s mais mortal da pandemia com 82.266 mortes e contando mais de 4.000 mortes di�rias por v�rios dias seguidos.
"O aumento dos casos de covid-19 refor�a o cen�rio de uma recupera��o com interrup��es", afirmou a consultoria Eurasia Group na segunda-feira.
- Desacelera��o -
O resultado surpreendente do primeiro trimestre confirma, no entanto, uma desacelera��o do ritmo da recupera��o econ�mica.
Depois de duas quedas no primeiro trimestre (-2,2%) e no segundo (-9,2%) de 2020 sobre os respectivos trimestres anteriores, o Brasil registrou um forte aumento de 7,8% no terceiro trimestre, e 3,2% no quarto trimestre do ano passado.
O economista da Nova Futura Investimentos, Matheus Jaconeli, acrescenta que "a recupera��o da economia global tamb�m contribui para o avan�o da nacional, haja vista a import�ncia do setor externo no crescimento do pa�s por conta das exporta��es".
A professora Margarida Gutierrez afirma que "o resultado do primeiro trimestre do ano eleva as proje��es para o PIB de 2021 de 3,5% para cerca de 5%. Se o ritmo da vacina��o avan�ar, poderia ser mais".
Mas apesar dos animadores n�meros de crescimento, o desemprego bateu um recorde no primeiro trimestre, com uma taxa de 14,7% e 14,8 milh�es de pessoas em busca de emprego.
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S�O PAULO
Economia brasileira volta ao n�vel pr�-pandemia com forte expans�o no 1T
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