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Estado de Minas BEIRUTE

�ltima audi�ncia de ex-CEO da Renault-Nissan com magistrados franceses no L�bano


04/06/2021 15:24 - atualizado 04/06/2021 15:25

A delega��o de magistrados franceses que viajou a Beirute encerra, nesta sexta-feira (4), as audi�ncias do ex-CEO da Renault-Nissan Carlos Ghosn, como parte da investiga��o iniciada na Fran�a.

Durante cinco dias, Ghosn prestou depoimento sobre duas festas no Pal�cio de Versalhes, fluxos financeiros com um distribuidor comercial em Om�, assim como por servi�os de consultoria quando era presidente executivo do grupo Renault-Nissan.

As audi�ncias acontecem em uma sala do Tribunal de Cassa��o de Beirute com os magistrados franceses, que viajaram ao L�bano especialmente para seu interrogat�rio, e um promotor liban�s.

O executivo franco-liban�s-brasileiro, objeto de uma ordem de deten��o da Interpol, vive no L�bano desde que fugiu do Jap�o em dezembro de 2019.

O ex-executivo do setor automobil�stico, de 67 anos, presta depoimento "como testemunha, n�o tem portanto a possibilidade de impugnar a legalidade do procedimento", segundo explicaram seus advogados.

Os advogados pedem que ele passe de testemunha a r�u para ter a oportunidade de "denunciar os v�cios jur�dicos que afetam o caso e participar em audi�ncias".

Deste modo, ele teria acesso ao processo para conhecer as acusa��es, mas sobretudo para solicitar per�cias de comprova��o, audi�ncias de testemunhas ou acarea��es.

Enquanto Ghosn n�o estiver em territ�rio franc�s, ele n�o poder� ser acusado formalmente.

Ele foi detido em novembro de 2018 no aeroporto de T�quio e ficou em liberdade sob fian�a depois de passar v�rios meses na pris�o. Ghosn tinha a obriga��o de permanecer no Jap�o at� seu julgamento por suspeitas de fraude financeira na Nissan.

Mas ele escapou da vigil�ncia das autoridades japonesas e fugiu em um avi�o privado, ao que tudo indica escondido em uma caixa de equipamento de �udio. Ghosn nega uma "fuga da justi�a" e afirma que tentou "escapar da injusti�a", do que considera um "compl�" das autoridades japonesas contra ele.

A situa��o n�o facilitou o trabalho dos investigadores franceses para o interrogat�rio sobre apropria��o ind�bita de bens sociais.

Em 2020 um juiz tentou interrog�-lo, mas Ghosn alegou que n�o poderia sair do L�bano. Ent�o os magistrados decidiram viajar para ouvir seu depoimento em janeiro, mas o deslocamento foi adiado pelas restri��es sanit�rias da pandemia de coronav�rus.

A sess�o em Beirute � conduzida por ju�zes de instru��o de Nanterre e Paris na presen�a de investigadores do Escrit�rio Anticorrup��o (OCLCIFF) e magistrados libaneses, como parte da assist�ncia judicial internacional na �rea penal.

A justi�a suspeita que Carlos Ghosn se beneficiou pessoalmente de um acordo mecenato entre a Renault e a institui��o que administra o Pal�cio de Versalhes, ao organizar dois eventos. Os investigadores tamb�m se interessam por milh�es de euros de pagamentos considerados suspeitos entre a RNBV, filial da Renault e Nissan na Holanda, e o distribuidor da montadora francesa em Om�, Suhail Bahwan Automobiles (SBA).

Al�m disso, em 18 de maio uma acionista da Renault apresentou uma a��o na qual acusa Ghosn de ter feito a montadora pagar "quantias consider�veis" a RNBV "sem o conhecimento dos acionistas".

Com base em outra a��o da mesma acionista, os ju�zes de instru��o investigam desde 2019 os servi�os de consultoria entre a RNBV e a ex-ministra francesa da Justi�a Rachida Dati e o criminologista Alain Bauer.


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