A vota��o na Kneset � a �ltima etapa antes da chegada ao poder da heterog�nea coaliz�o estabelecida 'in extremis' em 2 de junho pelo l�der da oposi��o, Yair Lapid, com dois partidos de esquerda, dois de centro, tr�s de direita e um �rabe.
Esta alian�a tem votos no parlamento, mas tudo � poss�vel em sete dias, especialmente dada a vontade de Netanyahu de lutar at� o fim.
Os membros do pacto do governo queriam organizar esta vota��o a partir de quarta-feira, mas a decis�o estava nas m�os do presidente da C�mara, Yariv Levin, aliado do partido de direita de Netanyahu, o Likud.
Em meio a vaias de parlamentares, Levin anunciou que usar� os sete dias exigidos por lei, "at� segunda-feira, 14 de junho", para organizar essa consulta formal, sem fixar uma data.
O futuro primeiro-ministro designado, e l�der do partido de extrema-direita Yamina, Naftali Bennett, fez um apelo a Levin, membro do atual partido governante Likud, a n�o perder tempo.
"Sabemos que Netanyahu est� pressionando para adiar a vota��o para tentar encontrar desertores, mas voc� deve agir pelo bem do Estado de Israel e n�o pelo de Netanyahu", disse Bennett no domingo, acusando o primeiro-ministro e seu ex-mentor de praticar a "pol�tica da terra arrasada".
- "Governo perigoso" -
A nova coaliz�o, que tenta acabar com mais de dois anos de crise pol�tica marcada por quatro elei��es legislativas, foi estabelecida para desalojar Netanyahu, no poder desde 2009 e entre 1996 e 1999.
"O 100% n�o existe na pol�tica israelense, mas este governo tem as maiores possibilidades de seguir adiante", declarou � imprensa Lapid, para quem este ser� um Executivo "duradouro" baseado na "confian�a, dec�ncia e boa vontade".
Pressionado, o atual primeiro-ministro aumenta as advert�ncias e as cr�ticas ao futuro Executivo, o que provoca a preocupa��o dos servi�os de seguran�a.
Nesta segunda-feira, Netanyahu, 71 anos, chamou novamente no Twitter a coaliz�o de "perigoso governo de esquerda".
Aos gritos de "traidores", os apoiadores de Benjamin Netanyahu multiplicaram as amea�as nas redes sociais ou em protestos diante das resid�ncias dos l�deres da nova coaliz�o.
O ambiente "recorda os dias que precederam a morte de Yitzhak Rabin", afirma o jornal Yediot Aharonot, em refer�ncia ao primeiro-ministro trabalhista que foi assassinado por um extremista judeu em 1995, ap�s os acordos alcan�ados com a Organiza��o para a Liberta��o da Palestina (OLP).
O diretor do Servi�o de Seguran�a Interno, Nadav Argaman, rompeu no s�bado o habitual sil�ncio para advertir todos os pol�ticos contra "um aumento dos discursos que incitam a viol�ncia, sobretudo nas redes sociais".
Ele considera que "determinadas pessoas ou grupos podem entender (estes discursos) como uma permiss�o para cometer atos de viol�ncia que podem provocar ferimentos mortais".
- Passeata cancelada -
O principal evento que provoca preocupa��o � a chamada "marcha das bandeiras", que a extrema-direita havia convocado para quinta-feira em Jerusal�m Oriental, ocupada por Israel.
Embora os organizadores tenham cancelado a manifesta��o, depois que a pol�cia n�o aprovou seu trajeto, o deputado de extrema-direita Itamar Ben-Gvir e a conservadora May Golan (Likud) anunciaram que marchariam gra�as a seu status parlamentar.
Alguns minutos antes, o Hamas amea�ou com uma nova escalada caso a manifesta��o acontecesse no setor palestino, que foi a origem do recente conflito entre o movimento islamita que governa Gaza e o ex�rcito israelense.
Neste clima de elevada tens�o, o novo governo de coaliz�o, com vis�es diferentes em quase todos os temas, celebrou no domingo a primeira reuni�o de trabalho ao redor de Yair Lapid e Naftali Bennett.
Segundo o acordo, Bennett, de 49 anos e ex-assistente de Netanyahu, comandar� o Executivo at� 2023, quando ceder� o cargo de primeiro-ministro a Lapid at� 2025.
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