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Estado de Minas MUMBAI

Contra progn�stico, superlotada Mumbai resiste ao v�rus na �ndia


10/06/2021 12:44

Poucas cidades na �ndia pareciam t�o vulner�veis � pandemia de covid-19 quanto Mumbai, a mais populosa do Sul da �sia. Mas esta cidade portu�ria resistiu a uma segunda onda terr�vel melhor do que Nova Delhi e n�o baixou a guarda contra uma terceira.

Em maio de 2020, Abhignya Patra, uma anestesista de 27 anos, trabalhava 18 horas por dia no hospital Lokmanya Tilak, na capital do estado de Maharashtra (oeste).

"Era um non-stop", recorda.

As fam�lias dos doentes descreveram amplamente o pesadelo vivido nos hospitais superlotados, onde os pacientes eram tratados ao lado de cad�veres cobertos por lonas pretas.

As linhas diretas estavam ocupadas 24 horas por dia com milhares de liga��es de cidad�os desesperados que precisavam de um hospital, ambul�ncia ou oxig�nio.

Com 20 milh�es de habitantes, Mumbai tem apenas 80 ambul�ncias e 425 leitos de terapia intensiva.

Foi nesse per�odo dram�tico que Iqbal Chahal assumiu as r�deas da corpora��o municipal determinado a mudar as coisas rapidamente, explicou � AFP.

Hospitais de campanha foram constru�dos para acomodar milhares de pacientes adicionais e 800 ve�culos foram transformados em ambul�ncias.

- "Frear o v�rus" -

Mas os esfor�os continuavam insuficientes devido � multiplica��o das infec��es.

"T�nhamos que frear o v�rus", diz Chahal.

Ele imp�s confinamento estrito nas 55 favelas da megal�pole, incluindo Dharavi, a maior da �ndia, implementou desinfec��o sistem�tica de banheiros p�blicos e testes em massa.

Os casos positivos passaram a ser redirecionados para "salas de crise", onde os m�dicos estudam sua situa��o antes de decidir onde e como v�o cuidar dele, seja um ministro, um empres�rio ou um sem teto, explicou Chahal.

No final de 2020, a �ndia acreditava ter derrotado o v�rus. Mumbai n�o baixou a guarda e n�o desmantelou nenhum dos hospitais de campanha que estavam ent�o vazios, segundo ele.

E quando os casos come�aram a aumentar no final de mar�o e o tsunami devastador da segunda onda chegou, com picos de 400.000 infec��es di�rias em todo o pa�s no in�cio de maio, Bombaim, contra todas as expectativas, resistiu melhor.

"Esper�vamos essa segunda onda", explica Chahal.

Na capital Nova Delhi, como em muitas outras �reas, os doentes morriam fora do hospital e havia um desfile constante de prociss�es f�nebres aos cremat�rios.

Mas n�o em Bombaim, com uma taxa de mortalidade claramente menor, apesar de sua densidade populacional.

Gaurav Awasthi, de 29 anos, percorreu em v�o centenas de quil�metros ao redor de Delhi para encontrar um hospital para sua esposa, doente com covid-19.

Finalmente pagou mais de mil d�lares por uma transfer�ncia de ambul�ncia - que demorou 24 horas de estrada - para Bombaim, onde foi curada.

"Jamais poderei pagar minha d�vida com esta cidade", disse � AFP.

"N�o sei se minha esposa estaria viva sem Bombaim", acrescenta.

Tamb�m houve falhas, pondera Chahal, lembrando a falta de oxig�nio em seis hospitais que custou a vida de 168 pacientes em uma noite de abril.

Ruben Mascarenhas, cofundador da ONG Khaana Chahiye contra a fome, recebia dezenas de mensagens pedindo oxig�nio e outros rem�dios, embora, no pior momento da pandemia, viessem de outras �reas.

Agora est� "agradavelmente surpreso", embora prefira ser "muito cauteloso antes de comemorar qualquer coisa".

Tamb�m Chahal, que antecipa uma terceira onda com maior impacto nas crian�as. Por isso, j� armazena reservas de oxig�nio, fortalece os servi�os pedi�tricos e aumenta a capacidade dos hospitais p�blicos. Sua cidade continua em p� de guerra.


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