(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas V�deo

#PraEntender as elei��es na Am�rica Latina e os reflexos no Brasil

Polariza��o vista em outros pa�ses latinoamericanos tende a se repetir nas elei��es brasileiras de 2022, analisa especialista


11/06/2021 14:36 - atualizado 11/06/2021 15:17

Elei��es presidenciais e municipais na Am�rica Latina podem redefinir o mapa geopol�tico da regi�o e mostrar os poss�veis reflexos e caminhos da elei��o brasileira de 2022. No #PraEntender desta semana, analisamos os poss�veis direcionamentos que a regi�o ter� a partir dos recentes resultados das urnas.
 

Os peruanos foram �s urnas em 6/6 para escolher o novo presidente. A acirrada disputa foi entre Keiko Fujimori e Pedro Castillo. Segundo a Oficina Nacional de Procesos Electorales (ONPE), �rg�o eleitoral do pa�s, semelhante ao TSE, Castillo teve 50,19% dos votos v�lidos, contra 49,80% da advers�ria. A vota��o teve alta participa��o popular, com mais de 74,7% de presen�a. 

Castillo � professor, sindicalista e durante a campanha deu poucas entrevistas. Keiko, por sua vez, � filha do ex-ditador Alberto Fujimori, que governou o Peru de 1992 a 2000. Ela sempre aparecia nos com�cios com o uniforme oficial, a camisa do time peruana, e ficou em evid�ncia ap�s passar para o segundo turno das elei��es, com 1,9 milh�o de votos.

Desestabilidade no pa�s
O processo eleitoral no Peru foi o desfecho de uma crise pol�tica, que levou � derrubada de dois presidentes no fim de 2020. Em novembro, o Congresso do pa�s destituiu o ent�o presidente Martin Vizcarra por “incapacidade moral para governar”. 

O sucessor de maneira interina, Manuel Merino, ficou apenas seis dias no cargo e se demitiu ap�s den�ncias de viol�ncia policial contra protestos que ocorreram por mais de uma semana, principalmente na capital, Lima. Merino foi substitu�do por Francisco Sagasti, que se comprometeu a estabilizar a na��o.

Elei��o no Equador
No Equador, a disputa foi pelo segundo turno das elei��es presidenciais, entre o banqueiro Guillermo Lasso, do Criando Oportunidades, e o economista Andr�s Arauz, da Uni�o pela Esperan�a, apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa.

Contrariando as previs�es das pesquisas eleitorais, Lasso venceu Arauz, em uma disputa acirrada, com 52,5% dos votos, contra 47,5% do afilhado de Correa.Algumas das propostas de Lasso envolvem uma pol�tica de livre mercado e m�nima interven��o estatal na economia. O novo presidente tamb�m prop�s duplicar a atividade petrol�fera, principal fonte de renda do pa�s.
 
Vota��o na Bol�via
Na Bol�via, as prov�ncias de Tarija, Pando, La Paz e Chuquisaca tamb�m decidiram no segundo turno, em 11 de abril,  os governadores. O pa�s andino teve elei��es presidenciais em setembro de 2020 e o primeiro turno em mar�o para eleger prefeitos e governadores dos nove departamentos do pa�s.
 
Polariza��o na Am�rica Latina
Segundo Dawisson Bel�m Lopes, professor de pol�tica internacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as tr�s �ltimas elei��es presidenciais: Bol�via, Equador e Peru, mostram a esquerda fortalecida mas com a direita bastante importante. “Isso leva a um continente que est� fraturado, que realmente essa bipolariza��o, essa polariza��o n�o � um fen�meno brasileiro, � um fen�meno no m�nimo continental, para n�o dizer mundial.”
 
Ainda analisando a situa��o do Brasil, o professor conta que acredita n�o haver tempo h�bil para uma poss�vel terceira via se tornar forte; “Acho que podemos esperar no Brasil para 2022 uma divis�o em dois p�los. N�o acredito muito na hip�tese cogitada na imprensa, academia e sociedade de uma terceira via num terceiro p�lo competitivo. A rigor, estamos h� um ano do desencadear do processo eleitoral brasileiro e se at� hoje n�o apareceu uma terceira via competitiva, acho improv�vel que aconte�a nesse tempo que resta”.
 
Avan�o na legisla��o
Al�m das mudan�as nos governos da Am�rica Latina, no fim de 2020 alguns movimentos tamb�m contribu�ram para o redesenho geopol�tico da regi�o. Em 25 de outubro, o pa�s foi �s urnas para decidir se queriam ou n�o uma nova constitui��o, para substituir a promulgada em 1980, durante a ditadura de Augusto Pinochet. O plebiscito foi aprovado com 78,2% dos votos.

Em maio, os chilenos voltaram �s urnas para escolher os 155 parlamentares que v�o redigir a nova Constitui��o. Algumas das particularidades desses parlamentares � que, pela primeira vez, haver� equidade de g�nero e a assembleia tamb�m � formada por novos integrantes eleitos, sem obrigatoriedade de filia��o partid�ria.

“Na Argentina h� uma pauta comportamental muito clara, a quest�o do aborto, e ali a esquerda prevalece. No Chile com a vota��o da Assembl�ia Constituinte, houve uma presen�a massiva de mulheres eleitas pelo povo e de minorias presentes no novo congresso nacional. Uma esp�cie de presta��o de contas com passado do Chile, com legado da ditadura, ent�o a esquerda tamb�m ganha for�a naquele pa�s”, analisa o professor de pol�tica internacional da UFMG Dawisson Bel�m Lopes.

(*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Rafael Alves)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)