Entre bandeiras da Espanha e sob um forte sol, cerca de 25.000 pessoas, segundo a pol�cia, manifestaram-se na Plaza de Col�n contra o esperado gesto do socialista S�nchez, que reativou a polariza��o herdada pela escalada da independ�ncia.
Do lado da oposi��o marcaram presen�a o l�der do conservador Partido Popular, Pablo Casado, e o da extrema direita Vox, Santiago Abascal.
"Pe�o a Pedro S�nchez que tome nota, porque vai perdo�-los (os separatistas), mas os espanh�is n�o v�o perdo�-lo", disse Jos� Luis Mart�nez Almeida, prefeito de Madri e porta-voz do PP, que recolheu assinaturas contra esta iniciativa.
"S�nchez n�o tem o direito de querer perdoar essas pessoas que causaram tantos danos � Catalunha", disse � AFP Pilar S�enz, uma mulher de 54 anos que veio da cidade catal� de Tarragona com mais quatro amigas "pressionar o governo".
Embora o executivo n�o tenha dado mais informa��es, tudo indica que os indultos chegar�o antes de agosto.
"O que S�nchez quer � permanecer no poder a qualquer custo", disse Pablo Mart�nez, um manifestante que veio de Oviedo (450 km ao norte) com sua esposa e filha.
O Supremo Tribunal Federal, �rg�o que condenou as lideran�as catal�s em outubro de 2019, tamb�m expressou sua insatisfa��o.
Nas �ltimas semanas, S�nchez foi obrigado a um exerc�cio de pedagogia para defender a medida, ciente da relut�ncia que desperta entre os eleitores socialistas. "Pe�o que tenham confian�a. Pe�o compreens�o e magnanimidade porque o desafio que temos pela frente, de semear a conviv�ncia, vale a pena", disse esta semana.
Dos doze condenados pelo Supremo Tribunal Federal, nove cumprem penas de entre 9 e 13 anos de pris�o.
Entre eles Oriol Junqueras, l�der do separatista Esquerda Republicana (ERC), um importante aliado do governo espanhol no Congresso.
Em carta enviada a dois meios de comunica��o na segunda-feira, Junqueras fez uma autocr�tica sobre a tentativa separatista de 2017.
"Devemos ser conscientes de que nossa resposta n�o foi entendida como plenamente leg�tima por uma parte da sociedade", escreveu Junqueras, renunciando ao caminho unilateral e defendendo um referendo acordado como na Esc�cia, que o governo rejeita como contr�rio � Constitui��o.
"Acho que todos os l�deres da independ�ncia est�o cientes de que esta � uma decis�o muito cara para o Partido Socialista, porque a maioria na Catalunha � a favor dos indultos, mas a maioria na Espanha � contra", disse Ana Sofia Cardenal, professora de Ci�ncias Pol�ticas na Universidade Aberta da Catalunha (UOC).
A ala mais radical do movimento de independ�ncia - onde est� o partido do ex-presidente regional Carles Puigdemont, que fugiu para a B�lgica - n�o renuncia, por�m, � via unilateral e � inflex�vel em seu pedido de anistia aos condenados, que o governo tamb�m n�o contempla.
No extremo oposto, a direita optou por se manifestar neste domingo na Plaza de Col�n de Madri, o mesmo cen�rio onde milhares de pessoas se reuniram em fevereiro de 2019, dois dias antes do in�cio do julgamento contra os independentistas.
Agora, por�m, ningu�m quis repetir a foto daquele dia, em que Casado, Abascal e o ent�o chefe dos liberais do Ciudadanos, Albert Rivera, apareceram juntos.
MADRI