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Estado de Minas ESTOCOLMO

Governo sueco cai ap�s derrota em voto de confian�a no Parlamento


21/06/2021 12:30 - atualizado 21/06/2021 12:31

O primeiro-ministro sueco, o social-democrata Stefan L�fven, perdeu a confian�a do Parlamento nesta segunda-feira (21) e tem prazo de uma semana para apresentar sua ren�ncia, ou convocar elei��es antecipadas.

A mo��o de censura, que teve origem na semana passada, quando o Partido da Esquerda decidiu retirar o apoio pontual que dava ao governo, obteve a maioria absoluta de 181 de um total de 349 deputados.

Para derrubar o governo, o ex-partido comunista se aliou �s legendas de direita, Partido Conservador dos Moderados e Democrata Crist�o, e aos Democratas da Su�cia, de extrema direita.

Ap�s 11 mo��es de censura fracassadas na hist�ria pol�tica do pa�s escandinavo, L�fven, que se distinguia por sua capacidade de sobreviver a crises pol�ticas desde sua chegada ao Executivo h� quase sete anos, em 3 de outubro de 2014, tornou-se o primeiro chefe de Governo a ser derrubado em um voto de confian�a.

"� o interesse do pa�s que est� em jogo", declarou L�fven em uma entrevista coletiva ap�s o an�ncio do resultado, sem revelar se deixar� o cargo de primeiro-ministro interino.

O ex-sindicalista tem agora prazo de uma semana para anunciar elei��es antecipadas, ou renunciar ao posto.

Em caso de ren�ncia do primeiro-ministro, o presidente do Parlamento deve iniciar negocia��es com um partido para encontrar um novo chefe de Governo, que poderia ser inclusive L�fven com um novo acordo pol�tico, destacam analistas.

Devido a uma sutileza da Constitui��o sueca, em caso de elei��es antecipadas, elas seriam acrescentadas ao pleito eleitoral previsto para setembro de 2022. Isso significaria duas disputas legislativas em pouco mais de um ano.

"Durante muito tempo, o governo minorit�rio parecia ter condi��es de seguir at� o fim do mandato, mas as diverg�ncias inerentes dentro do Executivo finalmente se tornaram muito grandes", explicou � AFP Mats Knutson, analista pol�tico da televis�o p�blica sueca.

As diverg�ncias explodiram na quinta-feira, quando o Partido de Esquerda (V�nsterpartiet) anunciou a inten��o de votar a favor da mo��o de censura, apesar de a medida significar unir seus votos aos da extrema direita do SD.

O motivo: um projeto, ainda preliminar, sobre uma reforma dos pre�os dos alugu�is, algo que a esquerda se nega a tocar por considerar um pilar do modelo social sueco.

A proposta, que est� no acordo de governo criado no in�cio de 2019, prev� alugu�is com pre�o liberado para as novas constru��es, o que significa valores mais caros.

Na apresenta��o do acordo, "muitos analistas destacaram que a liberaliza��o do mercado de habita��o era uma bomba-rel�gio", recorda Anders Sannerstedt, cientista pol�tico da Universidade de Lund.

As tentativas de �ltimo minuto para evitar a crise n�o deram resultado. No domingo (20), o governo buscou uma manobra, ao propor a abertura de negocia��es com as organiza��es de propriet�rios de im�veis.

A l�der do Partido de Esquerda, Nooshi Dadgostar, foi contr�ria, ao considerar o recuo insuficiente.

"Gostar�amos de ver Stefan Lofven novamente como primeiro-ministro, mas sem os alugu�is de mercado", afirmou nesta segunda-feira.

- Sair para voltar? -

"Colocar a Su�cia em uma grave crise pol�tica neste momento n�o � do que o nosso pa�s precisa", disse L�fven.

Em vigor desde janeiro de 2019, ap�s quatro meses de negocia��es, o governo de centro esquerda re�ne os social-democratas e os verdes.

Para conseguir maioria, o ex-sindicalista alcan�ou um acordo com outros dois partidos - Partido de Centro e os Liberais -, com um apoio menos veemente do Partido de Esquerda.

Este �ltimo � adepto de apresentar ultimatos ao governo, em particular para protestar contra a flexibiliza��o das demiss�es. Limitava-se �s amea�as at� que Dadgostar assumiu a lideran�a em outubro e passou a endurecer o tom.

E depois?

"Acredito que (L�fven) renunciar�", antecipa Anders Sannerstedt, cientista pol�tico da Universidade de Lund.

"Ningu�m quer elei��es adicionais, e os social-democratas perderiam muitos votos, segundo as �ltimas pesquisas. Na minha opini�o, L�fven espera renunciar e depois voltar, como a f�nix que renasce das cinzas. E ele pode ter sucesso", completou.

Esta � a mesma opini�o de seu colega da Universidade de Gotemburgo, Jonas Hinnfors, para quem o primeiro-ministro "� um excelente negociador".

"Como a distribui��o de cadeiras continua sendo a mesma, o mais prov�vel � que L�fven retorne", explica.

Outra op��o � o l�der dos Moderados, Ulf Kristersson, que abriu a porta nos �ltimos meses para negocia��es com os Democratas da Su�cia. Ele tamb�m pode receber a miss�o de tentar formar a maioria.


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