
Essa situa��o gera inseguran�a e dobra a probabilidade de abandono escolar por esses alunos, levando-os a sofrer altos graus de depress�o, segundo estudo realizado na Argentina, Brasil, Chile, Col�mbia, M�xico, Peru e Uruguai, publicado pela Unesco de sua sede regional em Santiago.
"Isso n�o afeta apenas sua dignidade, mas tamb�m seu desenvolvimento socioemocional e aprendizagem, e pode fazer com que as pessoas afetadas abandonem completamente a escola", disse Javier Gonz�lez, diretor da Summa, um laborat�rio de pesquisa e inova��o em educa��o que participou da pesquisa.
De acordo com o relat�rio, no Chile, quatro em cada cinco estudantes LGBTI n�o se sentem seguros, enquanto no M�xico, 75% foram alvo de ass�dio verbal e insultos e 66% sofreram bullying.
Enquanto isso, na Col�mbia, 15% dos alunos LGBTI sofreram viol�ncia por causa de sua orienta��o sexual e, no Peru, 17% foram v�timas de agress�es f�sicas.
Manos Antoninis, diretor do Relat�rio de Monitoramento da Educa��o no Mundo da Unesco, argumenta que "as escolas devem ser inclusivas" para que "a sociedade seja inclusiva".
Ensinar que "certo tipo de pessoa n�o � aceit�vel" afetar� o comportamento de meninas e meninos em rela��o a outros indiv�duos, acrescentou.
Os jovens LGBTI tamb�m s�o afetados pela falta de diversidade entre os professores e pelas disposi��es adotadas em pa�ses como o Brasil, onde o governo se comprometeu a eliminar conte�dos LGBTI dos livros did�ticos, ou no Paraguai, onde foi proibida a dissemina��o e o uso de materiais educativos sobre estudos de g�nero.
"Devemos preparar o corpo docente para criar ambientes escolares mais inclusivos e para que os alunos se sintam seguros para denunciar caso sejam v�timas de ass�dio", afirmou Claudia Uribe, diretora do escrit�rio de educa��o da Unesco na Am�rica Latina.