Os resultados definitivos do teste cl�nico em larga escala feito pelo laborat�rio alem�o, anunciados na quarta-feira � noite, eram previs�veis ap�s a divulga��o de an�lises intermedi�rias decepcionantes em junho. O laborat�rio atribui a situa��o � propaga��o r�pida das novas variantes.
Apesar do rev�s, a CureVac ainda espera que as autoridades regulat�rias aprovem a comercializa��o de sua vacina, afirmou nesta quinta-feira o diretor executivo do laborat�rio, Franz-Werner Haas, em uma entrevista coletiva.
A CureVac indicou que o desempenho do produto � ligeiramente melhor na faixa et�ria de 18-60 anos, com uma efic�cia de 53%.
Nesse grupo, o efeito protetor contra as formas moderadas e graves da doen�a chega a 77%, e � de 100% na preven��o de interna��es e �bitos.
Mas "nos participantes com mais de 60 anos, que representam 9% dos casos estudados, os dados dispon�veis n�o permitiram determinar a efic�cia de forma estatisticamente clara".
Apesar dos dados, a empresa afirma que o interesse de sua vacina para os menores de 60 anos, um grupo que define como seu principal "objetivo", foi demonstrado, segundo Haas.
"Ainda h� uma grande necessidade (de vacinas) para esta popula��o em todo o mundo", disse Franz-Werner Haas, convencido de que a CureVac pode representar uma "contribui��o valiosa para a gest�o da pandemia de covid-19.
- Aprova��o incerta -
A Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMA), que j� est� analisando o f�rmaco, deve aprovar ou n�o a comercializa��o do mesmo.
A Comiss�o Europeia assinou um contrato com o laborat�rio para a compra de 405 milh�es de doses.
As vacinas e Moderna, tamb�m baseadas no princ�pio de RNA mensageiro, demonstraram efic�cia de quase 95%. As vacinas da AstraZeneca e Johnson and Johnson ficaram na faixa entre 60 e 70%.
O laborat�rio CureVac foi um dos primeiros a entrar na corrida pela vacina e esperava lan�ar um soro eficaz no mercado em maio.
Os diretores explicaram este m�s que tiveram que lidar com "um v�rus diferente" dos concorrentes, devido "� grande diversidade de muta��es" presentes no in�cio da fase de testes, em dezembro.
Os testes tiveram a participa��o de 40.000 volunt�rios na Europa e na Am�rica Latina. A resposta A resposta imunol�gica foi avaliada em 228 pacientes infectados com a covid-19.
A cepa original do Sars-CoV-2 foi identificada apenas em 3% dos casos, ao mesmo tempo que foram identificadas variantes consideradas "preocupantes", como a Delta, em mais da metade dos pacientes.
- Laborat�rio pioneiro -
A progress�o das variantes n�o foi a �nica causa desse rev�s, estimaram especialistas nas �ltimas semanas. Eles lembraram que os produtos da BioNTech e Moderna mostraram uma efic�cia s�lida frente a muta��es do novo coronav�rus.
A formula��o escolhida pelo CureVac, principalmente sua concentra��o menor, de 12 microgramas, pode ter sido um fator. O CureVac trabalha com um RNA mensageiro que tem uma estrutura diferente da dos rivais.
Fundado em 2000, o principal acionista do CureVac � o multimilion�rio alem�o Dietmar Hopp, cofundador da gigante do software SAP. Seu fundador, Ingmar Hoerr, � um pioneiro nas pesquisas do RNA mensageiro.
Em junho de 2020, o governo alem�o comprou parte do laborat�rio, depois que autoridades americanas tentaram obter direitos exclusivos para os EUA sobre uma potencial vacina.
A empresa se associou aos gigantes farmac�uticos Novartis (Su��a) e Bayer (Alemanha) para as fases de produ��o.
Aliado da brit�nica GSK, o laborat�rio tamb�m desenvolve as chamadas vacinas de segunda gera��o, que levam em conta as variantes.
BERLIM