Moradores de um acampamento montado em Itagua�, a cerca de 100 km da cidade do Rio, montaram barricadas e incendiaram entulhos na entrada do lote para evitar a passagem dos agentes, que dispararam g�s lacrimog�neo e jatos d'�gua contra as barracas, segundo imagens do canal Globo News.
Os uniformizados finalmente conseguiram entrar no "Campo de Refugiados Primeiro de Maio", como o local foi batizado pelos moradores, e com a ajuda de m�quinas demoliram centenas de barracas e tendas.
"Hoje estou desempregada, sem casa, sem quarto. Tiraram tudo que era nosso", lamentou � AFP Renata Carvalho, de 48 anos, que morava no terreno h� quase dois meses.
Em meio a gritos e choro, algumas pessoas - inclusive mulheres carregando beb�s - tentaram resgatar pertences, como colch�es, cobertores e algumas roupas.
A Petrobras informou em nota que, por meio de despacho judicial, forneceu aos despejados m�scaras e �lcool gel, para se protegerem da covid-19, al�m de transporte para as rodovi�rias pr�ximas.
A pandemia do coronav�rus, que j� matou quase 520 mil pessoas no Brasil, empurrou milhares de brasileiros para a pobreza, refletida no aumento de assentamentos ilegais e em longas filas em pontos de entrega de alimentos em cidades como S�o Paulo e Rio, as mais atingidas pelo v�rus.
A taxa de desemprego no Brasil manteve-se no n�vel recorde de 14,7% no per�odo fevereiro-abril, o equivalente a 14,8 milh�es de pessoas procurando trabalho, quase dois milh�es a mais do que antes da pandemia, no in�cio de 2020.
O governo de Jair Bolsonaro, que minimizou a pandemia, pagou de abril a dezembro de 2020 um subs�dio a quase um ter�o da popula��o do pa�s de 212 milh�es de habitantes. Em abril, a ajuda foi retomada, mas com um valor menor e para menos benefici�rios.
RIO DE JANEIRO