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Estado de Minas KONDUZ

Soldados afeg�os contam fuga para o Tajiquist�o, depois de serem encurralados e abandonados


10/07/2021 12:50

Eles cruzaram a fronteira com o Tajiquist�o carregando seus companheiros feridos depois de serem encurralados e abandonados por seus l�deres militares, lembram alguns dos mil soldados afeg�os que fugiram para o pa�s vizinho no final de junho, quando n�o puderam continuar defendendo o posto de controle de Shir Khan Badar.

"Est�vamos encurralados em Shir Khan Badar fazia uma semana. N�o t�nhamos suprimentos", explica de volta a Cabul Mehrullah, de 27 anos, que, como muitos afeg�os, s� tem um nome.

O militar descreve uma situa��o ca�tica, marcada pela falta de comunica��o com sua hierarquia militar em Cabul e pela desorganiza��o entre as unidades do batalh�o dos cerca de mil homens encarregados de proteger a fronteira, perto da cidade de Kunduz, ao norte.

Alguns oficiais fugiram, abandonando seus subordinados. "Se houvesse uma coordena��o adequada entre o quartel-general (em Cabul) e o comando das for�as no posto de fronteira, ter�amos enfrentado o Talib� em vez de fugir", garante.

"N�o abandonamos nosso posto, os chefes fugiram antes dos soldados", enfatiza.

Nos �ltimos dois meses, os talib�s conquistaram importantes partes do territ�rio afeg�o, em uma ofensiva coincidido com a retirada de las tropas estrangeiras do pa�s, praticamente terminada ap�s 20 anos de opera��o militar.

Na sexta-feira, o Talib� disse controlar 85% do territ�rio afeg�o, um n�mero que o governo nega, mas que � imposs�vel verificar com fontes confi�veis.

Privadas de apoio a�reo dos EUA e com o moral por terra, as for�as afeg�s continuam a recuar e s�o incapazes de conter o avan�o dos insurgentes. Ao mesmo tempo, as negocia��es pol�ticas entre o governo e os extremistas est�o paralisadas.

- Dispostos a voltar a lutar -

"Depois que nos encurralaram, a ordem de ataque foi dada. O Talib� cortou todo o acesso a Kunduz", a capital da prov�ncia de mesmo nome, conta outro soldado, Ainuddin, de 35 anos.

"Fomos obrigados a recuar para a ponte" sobre o rio Piandj, fronteira com o Tajiquist�o, e "depois de uma hora de luta entramos" no pa�s vizinho, levando conosco tr�s soldados feridos, continua.

"Os soldados tajiques nos trouxeram �gua e trataram nossos feridos", acrescenta Ainuddin.

O governo do Tajiquist�o teme que a ascens�o do Talib� - partid�rio de um regime isl�mico rigoroso - radicalize sua popula��o mu�ulmana moderada.

As autoridades tajiques contabilizaram na �poca "1.037 soldados afeg�os" que fugiram para o territ�rio tajique "para salvar suas vidas".

As autoridades afeg�s minimizam as dificuldades constantes de seus soldados. E s� admitem que abandonaram alguns territ�rios.

"Estamos em guerra e h� muita press�o. �s vezes as coisas v�o bem, �s vezes n�o", resumiu o assessor de Seguran�a Nacional do Afeganist�o, Hamdullah Mohib, � imprensa no in�cio de julho, prometendo que o ex�rcito recuperaria os territ�rios perdidos.

Mas neste s�bado, 10 de julho, Shir Khan Bandar continuava nas m�os do Talib�, que tamb�m tomou outra passagem de fronteira com o Tajiquist�o na sexta-feira e o principal posto de fronteira com o Ir�, ambos na prov�ncia de Herat.

"Depois de dois dias no Tajiquist�o, fomos transferidos para Cabul", conta Ainuddin.

Os soldados est�o agora em uma base militar na capital e dizem que est�o prontos para lutar novamente. "Estamos prontos para retornar aos nossos postos assim que o governo decidir", garante Ainuddin.


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