Ativista cr�tico do presidente � assassinado na Guatemala

O ativista guatemalteco Frank Stalyn Ramazzini, cr�tico do governo do presidente Alejandro Giammattei, foi morto a tiros em um ataque armado no qual tr�s outras pessoas morreram e duas ficaram feridas em uma boate da capital, denunciou o ombusdman Jord�n Rodas neste s�bado (10).

"Condeno o assassinato de Frank Stalyn Ramazzini, ativista, cr�tico do governo da Guatemala e defensor de direitos", escreveu Rodas no Twitter.

Ramazzini, de 31 anos, lutava pelos direitos trabalhistas de policiais e agentes penitenci�rios do pa�s, disse Rodas. De acordo com a imprensa local, ele tamb�m denunciava a corrup��o no governo, especialmente no Minist�rio do Interior.

"Recomendo que o Minist�rio do Interior e o Minist�rio P�blico investiguem os fatos e deduzam as responsabilidades", acrescentou Rodas.

A Procuradoria afirmou que "trabalha duro" na investiga��o, e em uma den�ncia inicial indicou que em uma �rea pr�xima ao crime encontrou um carro abandonado "possivelmente usado" no ataque, com tr�s pistolas, dois fuzis, uma submetralhadora, muni��es e quatro coletes � prova de balas.

Ramazzini havia sobrevivido a um atentado em julho de 2018, ocorrido ap�s participar de uma passeata para exigir melhores condi��es para policiais.

Dezenas de guatemaltecos que costumam protestar aos s�bados no centro da capital para exigir a ren�ncia de Giammattei, a quem acusam de ser "corrupto", exigiram justi�a pelo assassinato de Ramazzini e culparam o governo pelo crime.

Um relat�rio da ONG Unidade de Prote��o aos Defensores dos Direitos Humanos da Guatemala (Udefegua) observou que os ataques contra ativistas sociais aumentaram desde 2020.

"O primeiro ano [2020] de governo do Dr. Alejandro Giammattei representou o aumento mais forte e profundo dos ataques a defensores dos direitos humanos", denunciou a organiza��o ao comparar as �ltimas sete gest�es presidenciais.

No ano passado, os ataques contra defensores de direitos humanos alcan�aram um n�mero hist�rico com 1.055 incidentes, incluindo 17 assassinatos, informou a organiza��o.