O primeiro-ministro Mario Draghi comemorou a chegada de "uma etapa importante na preserva��o da lagoa veneziana", que h� d�cadas sofre com a passagem de navios de cruzeiro que transportam milh�es de turistas � cidade italiana.
Navios com mais de 25 mil toneladas brutas, com mais de 180 metros de comprimento e 35 de altura, cujas emiss�es cont�m mais de 0,1% de enxofre, n�o poder�o entrar na bacia nem no canal de San Marcos, assim como no canal de Giudecca.
Esses navios ter�o que atracar no porto industrial de Marghera, dentro da lagoa, onde est� prevista a constru��o de uma infraestrutura para acomod�-los, enquanto os cruzeiros menores (de cerca de 200 passageiros) poder�o continuar desembarcando no cora��o da cidade, segundo o comunicado do governo.
Defensores do patrim�nio e do meio ambiente h� anos denunciam os danos que esses navios causam ao fr�gil ecossistema da lagoa e �s funda��es do centro hist�rico da cidade.
Esse debate voltou � tona no m�s passado com o retorno dos navios ap�s a pandemia, que acabou proporcionando tranquilidade e melhor qualidade de ar aos venezianos.
O ministro da Infraestrutura, Enrico Giovannini, disse que esse foi um "passo necess�rio para proteger a integridade ambiental, paisag�stica, art�stica e cultural de Veneza".
De acordo com o ministro italiano da Cultura e do Patrim�nio, Dario Franceschini, a medida visa "evitar o risco concreto de a cidade entrar em uma lista de patrim�nios em perigo".
O tempo de fato corria contra Veneza, j� que os �rg�os consultivos da Unesco propuseram essa inscri��o para o final de junho, e o Comit� do Patrim�nio Mundial deve emitir uma decis�o durante sua reuni�o na China entre 16 e 31 de julho.
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