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Estado de Minas Manifesta��es

Cuba admite morte em protesto

�bito ocorreu na periferia de Havana, mas governo n�o esclareceu as circunst�ncias


14/07/2021 04:00

Cubanos que moram no Uruguai protestaram contra o governo cubano na Praça da Independência, em Montevidéu (foto: Pablo Porciuncula/AFP)
Cubanos que moram no Uruguai protestaram contra o governo cubano na Pra�a da Independ�ncia, em Montevid�u (foto: Pablo Porciuncula/AFP)

O governo de Cuba registrou ontem a primeira morte relacionada aos protestos devido � escassez de alimentos e vacinas contra a COVID-19 que atingem o pa�s desde o fim de semana. Segundo o Minist�rio do Interior, uma pessoa morreu na segunda-feira, na periferia de Havana. A Ag�ncia Cubana de Not�cias informou que a v�tima foi identificada como Diubis Laurencio Tejeda, de 36 anos. O governo lamentou a morte, mas n�o esclareceu as circunst�ncias em que ela ocorreu.

Mais cedo, o governo refor�ou o policiamento nas ruas do pa�s, enquanto o presidente Miguel D�az-Canel acusa os cubano-americanos de usarem as redes sociais. Cuba amanheceu sem internet m�vel e com uma forte presen�a policial nas ruas de Havana, ap�s milhares de cubanos sa�rem �s ruas em protesto contra o governo e a crise econ�mica e sanit�ria que atravessam.

Na segunda-feira, dezenas de mulheres reunidas em frente �s esquadras da pol�cia tentavam obter informa��es sobre o paradeiro de maridos, filhos e parentes presos ou desaparecidos durante as manifesta��es.

At� ontem, as autoridades n�o haviam divulgado um n�mero oficial de deten��es, mas existe lista provis�ria elaborada por ativistas locais que conta com 65 nomes s� em Havana.

Entre os detidos h� personalidades conhecidas, como o artista Luis Manuel Otero Alc�ntara, o dissidente moderado Manuel Cuesta Mor�a e o dramaturgo Yunior Garc�a Aguilera. As autoridades cubanas cortaram o acesso �s principais plataformas de redes sociais para tentar deter o fluxo de informa��o sobre as manifesta��es contra o governo, denunciou o site de uma organiza��o de monitoramento. Os dados do grupo NetBlocks, com sede em Londres, mostraram interrup��es desde segunda-feira no WhatsApp, Facebook, Instagram e tamb�m em alguns servidores do Telegram.

Ontem, houve protestos de cubanos residentes no Uruguai e Equador contra o governo do presidente Miguel D�az-Canel. Em Montevid�u, os manifestantes se reuniram na Pra�a da Independ�ncia.

O bloqueio foi semelhante ao imposto durante os protestos do chamado Movimento San Isidro (MSI) pela liberdade art�stica em Havana, em novembro de 2020, disse o grupo. Os Estados Unidos pediram que o governo cubano suspenda as restri��es � internet e renovou apelo � liberta��o dos manifestantes detidos. “Fazemos um apelo aos l�deres de Cuba para que demonstrem modera��o e respeito pela voz do povo, abrindo todos os meios de comunica��o, tanto digitais como n�o digitais”, disse � imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

A congressista Mar�a Elvira Salazar, representante de um distrito do Sul da Fl�rida onde reside uma grande comunidade de cubanos-americanos, disse em um tu�te que “o governo est� fechando a internet na ilha” e “n�o quer que o mundo veja o que est� acontecendo”. Medidas semelhantes foram tomadas por outros governos em resposta a movimentos de protesto ou para controlar o fluxo de informa��o relacionada � pandemia.

O presidente do Comit� de Rela��es Exteriores do Senado dos Estados Unidos, o democrata Bob Men�ndez, descartou ontem uma interven��o militar americana em Cuba, abalada por hist�ricos protestos contra o governo. “N�o teremos uma interven��o militar em Cuba”, disse a rep�rteres o veterano senador de origem cubana, atualmente o latino de cargo mais alto no Congresso dos EUA.

Havana acusa Washington de estar por tr�s dos protestos sem precedentes registrados em todo o pa�s, o que foi rejeitado pelo governo de Joe Biden e chamado de “grave erro”. De acordo com lista publicada ao meio-dia de ontem no Twitter pelo Movimento San Isidro, de oposi��o ao governo cubano, 130 pessoas continuavam presas ou desaparecidas ap�s os protestos de domingo, incluindo Jos� Daniel Ferrer e Manuel Cuesta Morua, dois dos principais opositores do pa�s. Os n�meros oficiais sobre as pris�es n�o foram divulgados.

Entre os presos est� tamb�m Camila Acosta, jornalista cubana de 28 anos detida na segunda-feira, segundo Alexis Rodr�guez, chefe da se��o internacional do jornal madrilenho ABC, com quem trabalhou durante seis meses. O chanceler espanhol pediu ontem �s autoridades cubanas que respeitem o direito de manifesta��o e exigiu a liberta��o “imediata” de Camila Acosta.






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