"Esperamos que haja uma melhor coopera��o para sabermos o que realmente aconteceu", disse Tedros, em coletiva de imprensa em Genebra.
"O primeiro problema � o compartilhamento dos dados brutos, e eu falei, desde a conclus�o da primeira fase da investiga��o, que esse problema tinha que ser resolvido. E o segundo � que houve uma tentativa prematura de reduzir o n�mero de hip�teses, como a do laborat�rio", na transmiss�o do coronav�rus para os humanos, acrescentou.
Ele se referia �s conclus�es de uma investiga��o conjunta conduzida na China no in�cio deste ano por cientistas chineses e por uma equipe selecionada pela OMS. Estes especialistas consideraram muito improv�vel que o novo coronav�rus tenha escapado de um laborat�rio, favorecendo a tese de transmiss�o de um animal hospedeiro aos humanos por meio de um animal intermedi�rio, ainda n�o identificado.
A teoria de vazamento do laborat�rio havia sido descartada logo nos primeiros meses da pandemia por um grande n�mero de cientistas, at� o governo de Donald Trump, e depois o de seu sucessor, Joe Biden, chamarem aten��o para essa possibilidade. O presidente Biden ordenou que os servi�os de Intelig�ncia dos Estados Unidos tomassem o assunto como prioridade.
Esta tese sempre foi rejeitada pelas autoridades chinesas.
"Os acidentes de laborat�rio acontecem e s�o at� muito comuns. Eu mesmo j� vi e j� cometi erros", declarou Tedros, referindo-se � sua experi�ncia no passado como imunologista em um laborat�rio.
"Ent�o, � poss�vel acontecer. Verificar o que aconteceu em nossos laborat�rios � importante, e precisamos de informa��es, informa��es diretas sobre como estava a situa��o nos laborat�rios" antes da pandemia, insistiu.
Segundo ele, a equipe de pesquisadores que esteve na China no in�cio de 2021 n�o teve acesso a esses dados.
"Espero que haja uma melhor coopera��o e que continuemos a discutir com a China e com os Estados-membros", acrescentou o diretor da OMS, destacando que o marco da segunda fase da investiga��o das origens foi interrompido.
"Devemos essa investiga��o aos 4 milh�es de mortos" da pandemia, frisou ele.
GENEBRA