"O n�mero de mortes aumentou drasticamente nas �ltimas cinco semanas. Este � um claro sinal de alerta de que os hospitais dos pa�ses mais afetados est�o chegando a um ponto de ruptura", disse a diretora regional da OMS para a �frica, doutora Matshidiso Moeti.
O n�mero de mortes subiu para 6.273 na semana de 5 a 11 de julho, contra 4.384 mortes na semana anterior, segundo a organiza��o.
"O primeiro item da agenda dos pa�ses africanos � refor�ar a produ��o de oxig�nio para dar uma chance aos pacientes afetados por uma forma grave da doen�a", afirmou a especialista, durante uma coletiva de imprensa virtual.
O aumento exorbitante de casos se explica, de acordo com a OMS, pelo fornecimento insuficiente de vacinas, mas tamb�m pelo cansa�o das popula��es com as medidas preventivas e pela dissemina��o cada vez maior de variantes.
No momento, a variante Delta, altamente contagiosa, foi detectada em 21 pa�ses africanos. Nam�bia, �frica do Sul, Tun�sia, Uganda e Z�mbia foram respons�veis por 83% das novas mortes registradas na semana passada, conforme a OMS.
Na Nam�bia, a taxa de contamina��o foi multiplicada por oito em compara��o com as duas ondas anteriores, enquanto a taxa de ocupa��o de leitos de terapia intensiva excede a capacidade de recep��o.
O pa�s teve "mais de 1.000 mortes s� no m�s passado", disse o ministro da Sa�de da Nam�bia, doutor Ishmael Katjitae, em entrevista coletiva.
Para a dra. Moeti, "a dupla barreira da escassez de vacinas e os desafios ligados ao tratamento comprometem seriamente a efic�cia da resposta a este aumento da pandemia" no continente.
No entanto, "com os embarques esperados de vacinas e fortes medidas preventivas, podemos reverter a tend�ncia contra o v�rus", acrescentou ela, pedindo � popula��o que "respeite as medidas de barreira para evitar os cont�gios".
Mais de seis milh�es de casos de covid-19 foram oficialmente identificados na �frica desde o surgimento da pandemia, que volta a ganhar for�a no continente, de acordo com a �ltima contagem da AFP com base em relat�rios oficiais.
O n�mero total de casos diagnosticados reflete, por�m, apenas uma parte do n�mero real de infec��es em todo mundo, diante das diferentes pol�ticas de testes adotadas por cada pa�s.
Na �frica, mais do que em outros lugares, essas estat�sticas s�o subestimadas por falta de capacidade de realiza��o de testes.
BRAZZAVILLE