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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Brasil come�a a ver efeitos da vacina��o nos n�meros da pandemia


16/07/2021 20:37

Depois de uma segunda onda devastadora que fez com que as mortes por covid subissem para meio milh�o, o Brasil registra h� algumas semanas uma queda nos indicadores da pandemia, o que os especialistas atribuem � acelera��o do ritmo de vacina��o.

A m�dia di�ria de mortes na �ltima semana foi de 1.244, em compara��o com as mais de 3.000 vidas perdidas por dia durante a primeira quinzena de abril, durante o �pice da segunda onda.

E o n�mero m�dio de infec��es acabou caindo para 41.087 nesta sexta-feira (16), ap�s ter ultrapassado 77.000 no final de junho.

"N�s n�o estamos ainda numa situa��o confort�vel. Temos ainda um numero alt�ssimo de casos novos e ainda um n�mero alto de �bitos, mas naquelas faixas et�rias que est�o completamente vacinadas, j� vemos uma melhora significativa nos indicadores de interna��o e �bito, disse � AFP a epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Esp�rito Santo (UFES).

A imuniza��o, que come�ou em janeiro nos grupos priorit�rios (profissionais de sa�de, idosos, ind�genas), foi afetada pela escassez de doses e insumos importados. Mas no �ltimo m�s o pa�s conseguiu estabilizar a entrega e distribui��o das vacinas e aplicou, em m�dia, mais de um milh�o de doses di�rias, segundo dados oficiais.

Isso resultou em uma cobertura de 40% da popula��o com uma dose e cerca de 15% com a imuniza��o completa, e essas porcentagens devem aumentar consideravelmente nos pr�ximos meses.

Cidades como S�o Paulo e Rio de Janeiro, as mais populosas do pa�s, avan�aram na vacina��o de grupos-chave, como profissionais de sa�de e de educa��o, e est�o convocando adultos de 30 a 40 anos para a primeira dose. O Rio promete imunizar toda a sua popula��o com mais de 12 anos at� o final de novembro.

A vacina��o "avan�ou a uma velocidade mais lenta do que o desejado, mas come�a a dar efeitos n�tidos. Tamb�m foi importante para que a suposta terceira onda [prevista no m�s passado] n�o se concretizasse", disse Mauro Sanchez, epidemiologista da Universidade de Bras�lia (UnB).

O Brasil, com 212 milh�es de habitantes, j� registra quase 540 mil �bitos por covid, dos quais mais de 340 mil foram registrados at� agora em 2021.

- Incerteza por variante Delta -

Em seu �ltimo boletim epidemiol�gico, a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirma a melhora nos �ndices de infec��es e �bitos, com tend�ncia de queda h� pelo menos tr�s semanas.

Al�m disso, pela primeira vez desde dezembro, nenhum dos 27 estados brasileiros apresenta ocupa��o superior a 90% de seus leitos de terapia intensiva para pacientes com covid.

Mas a circula��o do v�rus n�o est� sob controle e especialistas alertam para o risco do surgimento de novas variantes ou de que a variante Delta, considerada mais contagiosa, se torne predominante.

O Minist�rio da Sa�de identificou at� agora 27 casos dessa variante (inicialmente detectada na �ndia) e as autoridades locais realizam um rastreamento intensivo dos contatos para evitar que ela se espalhe.

Alguns estados encurtaram o intervalo entre a primeira e a segunda dose de algumas vacinas, na tentativa de antecipar a imuniza��o completa.

"O �nico cen�rio que poderia mudar isso � um cen�rio de novas variantes, ou a Delta mudando a transmiss�o no Brasil", disse Maciel.

- Enfim, o Carnaval? -

Apesar da posi��o do presidente Jair Bolsonaro, que circula sem m�scara e questiona a seguran�a das vacinas (que ele mesmo se negou a aplicar), uma pesquisa da DataFolha revelou nesta semana que 94% dos brasileiros j� vacinaram ou pretendem se vacinar, uma ades�o recorde desde o in�cio da pandemia.

O consenso entre os especialistas � que o Brasil deve manter ou aumentar a taxa de vacina��o para retomar totalmente as atividades (inclusive aulas presenciais com 100% dos alunos) e come�ar a pensar em permitir eventos massivos, como as festas de final de ano no Rio de Janeiro e Carnaval em fevereiro de 2022.

"A volta � normalidade ainda n�o est� no nosso horizonte pr�ximo. Teremos que ver coberturas vacinais altas, de aproximadamente 80% em toda a popula��o, associadas a um n�vel muito baixo de circula��o do v�rus na comunidade para que se comece a permitir as aglomera��es e festas �s quais estamos acostumados", diz Sanchez.


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