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Estado de Minas DAMASCO

Assad toma posse para quarto mandato na S�ria ap�s reelei��o criticada


17/07/2021 18:02

O presidente s�rio, Bashar al-Assad, prestou juramento neste s�bado (17) para seu quarto mandato, em cerim�nia na capital, ap�s obter 95,1% dos votos nas elei��es de 26 de maio, criticadas pela oposi��o s�ria e por boa parte da comunidade internacional.

Assad, que est� no poder desde o ano 2000, jurou sobre a Constitui��o e o Alcor�o, na presen�a de cerca de 600 convidados, entre eles ministros, empres�rios, acad�micos e jornalistas, segundo os organizadores, em um pa�s devastado por mais de uma d�cada de guerra, que j� deixou quase meio milh�o de mortos.

A cerim�nia coincidiu com bombardeios do regime que mataram seis civis, entre eles tr�s menores de idade, na regi�o de Idlib, �ltimo grande reduto rebelde e jihadista do pa�s.

As elei��es presidenciais "mostraram a for�a da legitimidade popular dada ao Estado pelo povo e tiraram credibilidade das declara��es dos l�deres ocidentais sobre a legitimidade do Estado, da Constitui��o e da p�tria", declarou Assad, em seu discurso de posse.

Os Estados Unidos e outros pa�ses europeus condenaram em maio as elei��es na S�ria, que, para eles, n�o foram "nem livres, nem justas", e a oposi��o denunciou o que chamou de "farsa" no pa�s, mergulhado em uma grave crise econ�mica e financeira.

A S�ria sofre com a desvaloriza��o hist�rica de sua moeda, a infla��o galopante e uma taxa de pobreza que atinge mais de 80% de seus habitantes, segundo a ONU. A crise foi ampliada pelas san��es internacionais e pelo colapso econ�mico e financeiro no vizinho L�bano, onde os bancos imp�em restri��es draconianas aos saques desde o fim de 2019. "O maior obst�culo no momento s�o os fundos s�rios congelados em bancos libaneses", disse Asad em seu discurso, estimando o montante em dezenas de bilh�es de d�lares.

Sob press�o financeira, o governo s�rio aumentou os pre�os da gasolina, do diesel, do p�o, a��car e arroz n�o subsidiados nas �ltimas semanas, enquanto os cortes de energia pioraram, com racionamento de at� 20 horas por dia.

- 'Terroristas turcos e americanos' -

Em um pa�s com uma economia em dificuldade e uma situa��o social que piora, um relat�rio da ONG World Vision calcula o custo econ�mico da guerra em 1,2 trilh�o de d�lares.

"Durante mais de 10 anos de guerra, nossas preocupa��es foram muitas e a seguran�a e o medo dominavam tudo. Mas hoje se trata principalmente de libertar o restante do territ�rio e enfrentar as repercuss�es econ�micas da guerra", disse Assad, cujo discurso foi interrompido diversas vezes por aplausos.

Ap�s uma s�rie de vit�rias militares desde 2015, com o apoio dos aliados R�ssia e Ir�, Assad conseguiu reconquistar dois ter�os do territ�rio s�rio. Parte da regi�o de Idlib, dominada por grupos rebeldes, escapa ao controle do governo de Assad, assim como �reas sob dom�nio curdo no norte e nordeste do pa�s.

"Libertar o restante do nosso territ�rio � primordial para n�s, libert�-lo de terroristas e de seus padrinhos turcos e americanos", destacou o presidente s�rio. Pouco antes do seu discurso, o governo lan�ou dois m�sseis sobre o povo de Sarja, no sul de Idlib, causando a morte de seis civis e v�rios feridos, segundo o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos.

Ap�s a cerim�nia de posse, Assad se reuniu com o chanceler da China, Wang Yi, que realiza a primeira visita de um funcion�rio do alto escal�o chin�s � S�ria desde 2012. Durante o encontro, o presidente s�rio disse que seu pa�s espera "ampliar as �reas de coopera��o" com a China, segundo um comunicado oficial.


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