Michael Taylor, de 60 anos, foi condenado a dois anos de pris�o, e seu filho Peter Taylor, 28 anos, a 20 meses. Eles eram julgados desde o m�s passado em T�quio.
Carlos Ghosn fugiu do Jap�o escondido em uma caixa de equipamento de som.
Michael e Peter Taylor aceitaram as acusa��es e pediram desculpas no tribunal. Os dois afirmaram que lamentavam suas a��es.
No in�cio de julho, a Promotoria solicitou dois anos e 10 meses de pris�o para Michael Taylor e dois anos e meio para seu filho.
Os advogados haviam solicitado condena��es com suspens�o condicional das penas, argumentando em particular que Carlos Ghosn foi o principal instigador de toda a opera��o e que os Taylor j� passaram 10 meses em pris�o provis�ria nos Estados Unidos antes da extradi��o para o Jap�o.
Mas o juiz Hideo Nirei destacou nesta segunda-feira que este foi um "crime grave" porque a perspectiva de ver Ghosn julgado no Jap�o algum dia praticamente desapareceu.
"Os dois acusados conseguiram com �xito uma fuga ao exterior sem precedentes e tiveram um papel proativo nesta opera��o", afirmou o juiz.
- Dinheiro como motiva��o -
Nirei disse ainda que pai e filho foram motivados pelo dinheiro, e n�o porque Michael Taylor tem, por meio de sua esposa, rela��es distantes de parentesco com a fam�lia de Ghosn no L�bano.
De acordo com os investigadores, os Taylor receberam de Ghosn 862.500 d�lares para preparar a opera��o e depois o equivalente a 500.000 d�lares em bitcoins para pagar os gastos com advogados.
Carlos Ghosn mora no L�bano desde sua fuga, o que significa que o ex-CEO da Renault e Nissan est� fora do alcance da justi�a japonesa porque Beirute n�o extradita seus cidad�os.
Os Taylor foram detidos nos Estados Unidos em maio de 2020 e extraditados ao Jap�o em mar�o para o julgamento.
Outro suposto c�mplice, um homem de origem libanesa chamado George-Antoine Zayek que ajudou os Taylor no Jap�o, continua foragido.
No fim de 2019, Carlos Ghosn estava em liberdade sob fian�a em T�quio, com a proibi��o de sair do Jap�o � espera do julgamento por suposta frauda financeira, acusa��o que sempre negou, quando estava � frente da Nissan.
Em 29 de dezembro de 2019, depois de viajar de maneira inc�gnita de T�quio a Osaka no Shinkansen, o trem de alta velocidade japon�s, ele se escondeu em uma grande caixa de equipamento de som, perfurada com pequenos orif�cios discretos para permitir sua respira��o.
A estrat�gia permitiu evitar os controles na alf�ndega do aeroporto internacional de Kansai, pois na �poca a inspe��o de bagagem n�o era obrigat�ria para os passageiros de um voo privado.
O avi�o seguiu para Istambul, Turquia, onde Ghosn embarcou em outra aeronave alugada e viajou at� Beirute.
Em fevereiro, tr�s pessoas - um funcion�rio de uma empresa de avi�es e dois pilotos - vinculadas � fuga foram condenadas a mais de quatro anos de pris�o em Istambul.
A fuga de Ghosn n�o impediu o in�cio no ano passado de um julgamento penal em T�quio sobre dezenas de milh�es de d�lares em compensa��es diferidas que o executivo da Nissan receberia ap�s a aposentadoria, mas que n�o foram mencionados nos relat�rios enviados � Bolsa pelo grupo.
O americano Greg Kelly, ex-diretor jur�dico da Nissan que foi detido no mesmo dia que Ghosn em novembro de 2018, � atualmente o �nico no banco dos r�us pelo caso, j� que a Nissan est� sendo julgada como pessoa jur�dica.
Kelly, 64 anos, pode ser condenado a at� 10 anos de pris�o no julgamento. A Nissan se declarou culpada.
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T�QUIO
Tribunal japon�s condena americanos que ajudaram Carlos Ghosn a fugir do pa�s
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