Empresa israelense NSO descarta que Macron fosse alvo de programa de espionagem Pegasus

Um alto funcion�rio da gigante israelense de seguran�a cibern�tica NSO afirmou nesta quarta-feira (21) que o presidente franc�s, Emmanuel Macron, n�o foi alvo de seu pol�mico programa Pegasus, no centro de um esc�ndalo mundial de espionagem que levou a ONG Rep�rteres Sem Fronteiras a pedir uma morat�ria sobre suas vendas.

As organiza��es Forbidden Stories e Anistia Internacional obtiveram uma lista de 50 mil n�meros de telefone, selecionados para clientes da NSO desde 2016 para serem potencialmente monitorados, e a compartilharam com um cons�rcio de 17 ve�culos de imprensa que revelaram sua exist�ncia no domingo.

O presidente franc�s, o rei Mohammed VI do Marrocos e o primeiro-ministro paquistan�s, Imran Khan, est�o na lista, assim como 180 jornalistas que foram espionados por diferentes Estados que tiveram acesso a esse programa.

Instalado em um celular, o Pegasus pode recuperar mensagens, fotos, contatos e ativar o microfone � dist�ncia.

Chaim Gelfand, alto funcion�rio do grupo, disse � rede I24 News que podia "afirmar com certeza que o presidente Macron n�o era um alvo". "H� alguns casos que foram revelados, o que nos traz problemas, e vamos come�ar a revisar os eventos", acrescentou.

Logo depois, o grupo com sede em Tel Aviv alegou ser v�tima de uma campanha "perversa e caluniosa" e anunciou em um comunicado que "n�o responderia �s perguntas da m�dia" sobre o caso Pegasus.

"A NSO � uma empresa de tecnologia. N�o operamos os sistemas nem temos acesso aos dados de nossos clientes, mas eles t�m a obriga��o de nos fornecer essas informa��es em caso de investiga��es", afirmou.

A empresa, que conta com 850 funcion�rios, tem contratos com 45 pa�ses e diz que seus neg�cios precisam passar pela aprova��o do Minist�rio da Defesa de Israel.