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Estado de Minas AM�RICA LATINA

Na Argentina, cuidado materno vira trabalho com direito a aposentadoria

Mais de 150 mil mulheres argentinas ter�o o direito � aposentadoria assegurado; programa prev� repara��o das desigualdades entre homens e mulheres


21/07/2021 19:24 - atualizado 21/07/2021 20:04

O programa tem o objetivo de reparar parte das desigualdades estruturais entre homens e mulheres na Argentina(foto: Pixabay/Reprodução )
O programa tem o objetivo de reparar parte das desigualdades estruturais entre homens e mulheres na Argentina (foto: Pixabay/Reprodu��o )
A Argentina avan�ou um passo mais nas pol�ticas que pautam a igualdade de g�nero. O pa�s vizinho anunciou nesta quarta-feira (21/7) que passar� a considerar o cuidado materno como trabalho. 

A medida prev� a garantia de aposentadoria para 155 mil mulheres com mais de 60 anos, que n�o conseguiram completar os 30 anos de contribui��o por se dedicar � maternidade. 

O que prev� o Programa? 

Segundo a ANSES, a iniciativa tem o objetivo de reparar parte das desigualdades estruturais entre homens e mulheres.

Para o �rg�o, a desigualdade de g�nero deriva, muitas vezes, da sobrecarga de tarefas dom�sticas e falta de equidade no mercado de trabalho. 
 

42% das mulheres e meninas em todo o mundo n�o est�o no mercado de trabalho porque dedicam todo o seu tempo aos cuidados dom�sticos e familiares

Oxfam International

 

De acordo com o jornal La Naci�n, o programa "Reconhecimento de per�odos de aportes por tarefas de cuidado" admite somar:

  • um ano de aporte por cada filho, como regra geral;

  • dois anos por filho, em caso de ado��o de uma crian�a ou adolescente menor de idade;

  • dois anos se se tratar de um filho portador de defici�ncia;

  • tr�s anos caso tenha recebido a AUH (seguro social) por 12 meses, consecutivos ou n�o.

O benef�cio mensal � destinado a pais ou respons�veis que estejam desempregados ou tenham baixa renda.

A medida prevê a garantia de aposentadoria para 155 mil mulheres argentinas(foto: Wiki Commons/Reprodução )
A medida prev� a garantia de aposentadoria para 155 mil mulheres argentinas (foto: Wiki Commons/Reprodu��o )


Como consequ�ncia da dificuldade de inser��o no mercado de trabalho, cerca de 44% das mulheres em idade de aposentadoria n�o t�m acesso ao benef�cio.

S�o aproximadamente 300 mil mulheres, entre 59 e 64 anos, que ficam de fora da aposentadoria por n�o terem o tempo de servi�o exigido. Os dados foram apresentados pela ANSES. 

A Argentina n�o � a pioneira na Am�rica Latina em trazer quest�es de g�nero para o sistema previdenci�rio. A legisla��o do Uruguai tamb�m considera as quest�es de g�nero e reconhece as dificuldades da mulher em manter uma carreira profissional devido �s responsabilidades dom�sticas. 

O cuidado como trabalho n�o remunerado 

Estudo realizado pela Oxfam International apontou que mulheres e meninas dedicam, pelo menos, 12,5 bilh�es de horas diariamente ao trabalho de cuidado n�o remunerado pelo mundo.

Se elas fossem remuneradas, a economia global receberia uma contribui��o de, no m�nimo, US$ 10,8 bilh�es por ano
 

Mulheres e meninas dedicam 12,5 bilh�es de horas diariamente ao trabalho de cuidado n�o remunerado

Oxfam International

 
 
Segundo o relat�rio, 42% das mulheres e meninas em todo o mundo n�o est�o no mercado de trabalho porque dedicam todo o tempo aos cuidados dom�sticos e familiares. Apenas 6% dos homens se enquadram nesta realidade. 

Em comunidades rurais e pa�ses de baixa renda, elas dedicam at� 14 horas por dia ao trabalho de cuidado, sem remunera��o. O tempo corresponde a cinco vezes mais do que o dedicado pelos homens
 
 
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina








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