"Mant�m-se um alerta m�ximo e foram suspensas todas as atividades que possam p�r em risco a popula��o penitenci�ria e funcion�rios administrativos", informou o Servi�o Nacional de Aten��o Integral a Privados da Liberdade (SNAI) em um comunicado.
Uma fonte da institui��o destacou � AFP que em alguns pres�dios as visitas foram suspensas.
Na tarde da quarta-feira, dois motins nas pris�es de Guayas (sudoeste) e Cotopaxi (centro andino) deixaram 21 mortos e 57 feridos, entre eles tr�s policiais.
Em meio � rebeli�o uma policial tamb�m foi estuprada, destacou o minist�rio do Governo (Casa Civil), que tachou o fato de "repugnante".
Os treze corpos encontrados na pris�o de Cotopaxi foram levados ao instituto m�dico legal da cidade vizinha de Ambato, na prov�ncia de Tungurahua. Em Guayas foram registrados oito mortos.
H� cinco meses eclodiram no pa�s v�rias rebeli�es simult�neas em quatro pris�es que deixaram 79 reclusos mortos, alguns deles decapitados.
As autoridades apontaram, ent�o, como respons�veis grupos criminosos com v�nculos com o narcotr�fico, que disputam o poder nos pres�dios.
- "Grande destrui��o" -
Os arredores dos pres�dios permaneciam fortemente resguardados por policiais e militares, enquanto familiares dos detentos se aproximavam para buscar informa��o.
"Estou desesperada porque meu filho diz que n�o tem resguardo policial do lado de dentro (...) Os (detentos) de (os pavilh�es) de m�nima e m�dia (periculosidade) est�o querendo acabar com os (presos) de m�xima", disse, aos prantos, � AFP uma mulher que se identificou como Janet.
Outra mulher, cuja identidade foi protegida, contou ao canal TC Televisi�n ter recebido um telefonema do filho, recluso na pris�o de Guayas.
"Ele me disse: mam�e, tem um tiroteio, uma bala ficou na minha perna. Por favor, me ajuda", contou.
Oswaldo Coronel, governador da prov�ncia de Cotopaxi, lamentou em uma coletiva de imprensa o "n�vel de viol�ncia" e o "n�vel de conflitividade" nos motins carcer�rios.
"Foram usadas armas de fogo de grosso calibre, tamb�m foram usados explosivos, o que produziu uma grande destrui��o dentro do centro penitenci�rio" de Cotopaxi, disse.
Nesta pris�o tamb�m houve uma fuga de presos ao amanhecer desta quinta-feira. A pol�cia conseguiu capturar 78. No entanto, as autoridades n�o detalharam quantos fugiram.
O Equador tem cerca de 60 pres�dios com capacidade para abrigar cerca de 30.000 pessoas, mas atualmente est�o atr�s das grades 39.000 detentos.
Em meio � pandemia e para reduzir a popula��o carcer�ria, o Equador aplicou medidas substitutivas para quem cumpria pena por crimes menores, conseguindo assim reduzir de 42% a 30% a superpopula��o nos pres�dios.
Segundo a Defensoria do Povo, em 2020 houve 103 homic�dios nas pris�es.
QUITO