
Aos 32 anos e ap�s v�rias conquistas amorosas, o pr�ncipe pode finalmente aspirar a dar um herdeiro � coroa brit�nica, gra�as � sua uni�o com esta jovem aristocrata de apenas 20 anos.
Durante v�rios dias, milhares de pessoas acamparam ao longo dos tr�s quil�metros que separam o Pal�cio de Buckingham da Catedral de S�o Paulo na esperan�a de poder ver o cortejo nupcial.
"Todas as lojas se colocaram em modo real: vitrines cheias de tricolor e exibindo v�rios retratos do casal", informou a AFP na �poca. At� o corte de cabelo "Diana" virou moda nos sal�es de beleza londrinos.
Mil agentes armados e quase 2.000 policiais montados e militares foram encarregados da seguran�a, o dispositivo mais importante desde a Segunda Guerra Mundial.
�s 10h35, "uma ova��o, misturada com assovios entusi�sticos, saudou a apari��o, nos port�es do Pal�cio de Buckingham, da carruagem do pr�ncipe Charles com o uniforme de capit�o da Marinha Real", descreveu a AFP.
Ela foi seguida, desde Clarence House, pela carruagem de Diana, a futura princesa de Gales, "vestida de branco marfim, que mal se via pela quantidade de pregas, babados, enfeites de madrep�rola, p�rolas e crinolina".
Ao longo do caminho, centenas de milhares de pessoas gritavam de alegria agitando bandeiras. Cerca de 750 milh�es de pessoas acompanharam o evento hist�rico em todo o mundo pela televis�o.
"I will"
Sob aplausos, Diana chegou � Catedral de S�o Paulo com seu pai, o conde Spencer.
Seu vestido, principal tema de debate na imprensa nos dias anteriores � cerim�nia, se estendia com uma espl�ndida cauda branca de mais de sete metros.
Dentro da catedral, sob as altas ab�badas de pedra, havia 2.500 convidados, incluindo Nancy Reagan, em rosa claro, o rei de Tonga, sentado em sua poltrona de madeira entalhada, e o rec�m-eleito presidente franc�s Fran�ois Mitterrand.
Enquanto os votos eram feitos na frente do arcebispo de Canterbury, a voz do futuro rei tremeu e foi quase em um sussurro que suas duas palavras foram ouvidas: "I will".
Diana, tra�da pelos nervos, acidentalmente inverteu os nomes de Charles.
O duque da Cornualha ent�o colocou o anel de ouro gal�s no dedo m�nimo da m�o esquerda de sua jovem esposa, seguindo a tradi��o anglicana de que apenas mulheres usam anel.
Ap�s seu retorno ao Pal�cio de Buckingham, a multid�o aplaudiu enquanto trocavam um beijo furtivo na varanda.
Em junho de 1982, Diana deu � luz seu primeiro filho, William. Dois anos depois nasceu Harry.
Embora tenha sido inicialmente apresentado como um conto de fadas, o casamento foi, na verdade, completamente conturbado.
Durante a entrevista televisionada que oficializou o noivado do casal, um jornalista brit�nico perguntou a Charles se ele estava apaixonado. Ele deu uma resposta que n�o augurava nada de bom: "Tudo depende do que voc� chama de estar apaixonado".
Eram duas pessoas muito diferentes. Ele personificava a monarquia, austera e fria, enquanto Diana, fotog�nica e emp�tica, fascinava onde quer que fosse.
No entanto, sua imagem p�blica escondia uma mulher ferida, que sabia que seu marido ainda estava apaixonado por seu amor de juventude, Camilla Parker Bowles, a quem Diana apelidou de "Rottweiler".
A rela��o entre os dois logo se tornou ca�tica, com infidelidades e vingan�as por meio da imprensa. Eles se divorciaram em 1996.

A tr�gica morte de Diana em Paris em 1997, aos 36 anos, em um acidente de carro com seu novo amor, o rico herdeiro eg�pcio Dodi Al-Fayed, chocou o mundo.
Carlos se casou com Camilla em 2005 em uma cerim�nia civil discreta. Muito longe da pompa de 1981.