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Estado de Minas PEQUIM

Parem de 'demonizar' a China, pede Pequim na visita de enviada dos EUA


26/07/2021 20:15 - atualizado 26/07/2021 20:21

Pequim pediu nesta segunda-feira (26) que os Estados Unidos parem de "demonizar" a China, durante di�logos com a vice-secret�ria de Estado americana, Wendy Sherman, a enviada de mais alto escal�o do governo de Joe Biden a visitar o gigante asi�tico, que se mostrou "muito en�rgica" com seus interlocutores.

A visita da subsecret�ria de Estado � cidade de Tianjin (norte) � o primeiro grande encontro entre autoridades das duas principais economias mundiais desde as discuss�es em Alasca em mar�o, que culminaram em ataques m�tuos.

Sherman chegou no domingo (25) a esta cidade portu�ria, em busca de fortalecer a alian�a entre as duas pot�ncias econ�micas, que trocam acusa��es sobre quest�es como ciberseguran�a e direitos humanos. Foi, no entanto, recebida com um duro comunicado de Pequim.

"A esperan�a pode ser que, ao demonizar a China, os Estados Unidos poder�o de alguma maneira (...) culpar a China por seus pr�prios problemas estruturais", disse o vice-chanceler chin�s, Xie Feng, a Sherman, de acordo com um comunicado divulgado por seu Minist�rio.

"Pedimos aos Estados Unidos que mudem sua mentalidade equivocada e sua pol�tica perigosa", acrescentou o comunicado sobre a conversa da funcion�ria americana com o vice-chanceler chin�s.

Xie afirmou que o povo chin�s v� a "ret�rica antag�nica dos Estados Unidos como uma tentativa mal disfar�ada de conter e suprimir a China".

Sherman se reuniu nesta segunda com o ministro chin�s das Rela��es Exteriores, Wang Yi, em um encontro a portas fechadas para a imprensa.

"Esperamos que a parte americana adote uma posi��o objetiva e justa com rela��o � China, abandone sua arrog�ncia e seus preconceitos", disse Wang, segundo a ag�ncia de not�cias chinesa Xinhua.

- "Brutalmente honesta" -

Pequim apresentou ainda uma lista exig�ncias, que incluem a suspens�o das san��es a funcion�rios e das restri��es de vistos a estudantes, assim como o fim da "supress�o" de empresas chinesas, detalhou o porta-voz da diplomacia, Zhao Lijian.

Ele tamb�m solicitou o fim dos pedidos de uma nova investiga��o sobre as origens do coronav�rus na China, em mais uma advert�ncia para que "parem de pisar nas linhas vermelhas".

No Twitter, Sherman disse ter abordado "o compromisso dos Estados Unidos com a concorr�ncia saud�vel, a prote��o dos direitos humanos e dos valores democr�ticos".

Segundo o Departamento de Estado americano, a subsecret�ria mencionou sua preocupa��o com as supostas viola��es dos direitos humanos da China em Hong Kong, Tibete e na regi�o de maioria mu�ulmana de Xinjiang, e foi "brutalmente honesta" em quest�es como os supostos ciberataques chineses.

"A subsecret�ria foi muito en�rgica, ao esclarecer para os chineses as informa��es factuais que temos para apoiar o que estamos falando - seja sobre os direitos humanos, seja sobre as viola��es de promessas feitas pela China, como o alto grau da autonomia de Hong Kong", afirmaram fontes do departamento.

"Consideramos importante dizer diretamente aos dirigentes chineses em privado o mesmo que dizemos em p�blico", afirmou em Washington a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

A viagem tamb�m � considerada um passo pr�vio para uma eventual reuni�o entre o presidente Joe Biden e seu colega chin�s, Xi Jinping, em um momento de tens�o nas rela��es entre os pa�ses.

- Uma li��o -

Na v�spera da chegada de Sherman, o chanceler Wang Yi prometeu "dar uma li��o aos Estados Unidos sobre como tratar os pa�ses com equidade", antecipando um in�cio de visita tumultuado.

"A China n�o vai aceitar a superioridade autoproclamada de nenhum pa�s", assegurou Wang, citado em um comunicado no s�bado (24).

Al�m de Sherman, John Kerry, enviado especial de Washington sobre o clima, havia sido o �nico funcion�rio de alto n�vel do governo Biden a visitar a China, em abril.

As duas partes se comprometeram a cooperar no tema das mudan�as clim�ticas, apesar de suas m�ltiplas diferen�as.

Biden manteve a pol�tica de firmeza com a China adotada por seu antecessor, Donald Trump, enquanto Washington busca construir uma frente unida de "aliados democr�ticos" contra Pequim.

Na semana passada, Estados Unidos e China trocaram san��es iniciadas por Washington em resposta ao que os EUA consideram como a repress�o de liberdades em Hong Kong.

Washington tamb�m emitiu uma advert�ncia �s empresas que operam em Hong Kong sobre a deteriora��o da autonomia da cidade.

Tamb�m nesta �ltima semana, os Estados Unidos condenaram os ciberataques em larga escala procedentes da China.


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