"Obviamente, esse consentimento do governo ditatorial da Venezuela merece uma declara��o por parte dos Estados Unidos como um pa�s promotor do terrorismo", disse Duque em um evento no qual participou o embaixador dos EUA na Col�mbia, Philip Goldberg.
"Essa declara��o tem como objetivo n�o s� desvendar essa rela��o conivente e nociva, mas tamb�m que eles possam tomar um caminho: ou continuar promovendo o terrorismo ou entregar o terrorismo �s autoridades dos pa�ses que est�o procurando por eles", acrescentou o presidente.
Os Estados Unidos consideram o Ir�, a Coreia do Norte e a S�ria como pa�ses promotores do terrorismo e, recentemente, voltaram a incluir Cuba nessa lista.
- "N�o seja t�o c�nico" -
Duque acusou v�rias vezes o governo de Nicol�s Maduro de fornecer ref�gio a dissidentes das Farc e guerrilheiros do ELN em territ�rio venezuelano, o que Caracas nega.
Segundo a Col�mbia, um comando desses grupos com apoio de um ex-militar disparou tiros de fuzil contra um helic�ptero no qual Duque viajava na regi�o de fronteira. Ningu�m ficou ferido.
O ataque foi planejado da Venezuela por guerrilheiros que se afastaram do hist�rico acordo de paz firmado em 2016 com os rebeldes das Farc, disseram autoridades colombianas.
"N�o seja t�o c�nico", reagiu no Twitter o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, dirigindo-se diretamente a Duque.
"Voc� est� � frente de um narco-governo que exporta drogas e viol�ncia. Uma f�brica de terroristas no poder que liquidou a op��o de paz interna e envia mercen�rios para gerar viol�ncia e assassinar presidentes na regi�o".
Sem rela��es diplom�ticas desde 2019, Duque lidera, junto com os Estados Unidos, a press�o internacional para destituir Maduro do poder, a quem chama de "ditador" e n�o reconhece como presidente ap�s sua reelei��o em 2018, que considerou fraudulenta. Em seu lugar, reconhece o l�der da oposi��o Juan Guaid�.
Maduro denuncia com frequ�ncia os planos de assassinato e de destitui��o comandados por Bogot� e Washington, com o apoio da oposi��o venezuelana.
Col�mbia e Venezuela compartilham uma fronteira porosa de 2.200 quil�metros.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, manteve nesta segunda-feira uma conversa por telefone com Marta Luc�a Ram�rez, chanceler e vice-presidente colombiana, no qual "reafirmou a alian�a" entre os dois pa�ses.
Blinken "insistiu na import�ncia de defender e promover a democracia na regi�o, particularmente em Haiti, Nicar�gua, Venezuela e Cuba", e agradeceu a acolhida na Col�mbia de mais de 1,7 milh�o de migrantes venezuelanos que fugiram da crise econ�mica, segundo um comunicado divulgado em Washington.
- "N�o temos medo" -
Como parte da investiga��o do ataque ao avi�o presidencial, um capit�o do Ex�rcito aposentado e tr�s de seus c�mplices foram detidos, todos com supostos v�nculos com os dissidentes que se afastaram do processo de paz.
Segundo as investiga��es, dois fuzis AK47 com a marca das For�as Armadas venezuelanas foram encontrados na �rea do ataque.
Os detidos tamb�m estariam por tr�s do carro-bomba que explodiu em 15 de junho em uma instala��o militar na mesma regi�o de fronteira e deixou 44 feridos.
No total, dez membros da Frente 33, grupo de dissidentes das Farc, foram presos pelos dois fatos.
Os "dissidentes das Farc que perpetraram o ataque � brigada 30 e tamb�m contra minha pessoa dizem que pretendem continuar com esses planos, (...) n�o temos medo de nenhuma dessas amea�as, n�o nos intimidam, n�o nos amedrontam, nem nos diminuem", disse Duque.
E ao mesmo tempo advertiu: "que fique claro (...) vamos desmobiliz�-lo por completo, vamos venc�-lo e a na��o colombiana se manter� firme contra qualquer forma de terrorismo".
A Col�mbia, principal exportador de coca�na do mundo, enfrenta o pior recrudescimento da viol�ncia desde a assinatura do acordo de paz com as Farc.
BOGOT�