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Estado de Minas KANDAHAR

Afeganist�o luta para evitar que cidades importantes sejam tomadas por talib�s


02/08/2021 17:43 - atualizado 02/08/2021 17:43

As for�as afeg�s lutavam, nesta segunda-feira (2), para evitar que algumas das principais cidades do pa�s ca�ssem nas m�os dos talib�s, na esteira das ofensivas do fim de semana.

Os talib�s atacaram pelo menos tr�s capitais provinciais durante a noite - Lashkar Gah, Kandahar e Herat - ap�s um fim de semana de combates pesados, em que milhares de civis fugiram do avan�o dos insurgentes.

Os combates aumentaram em Lashkar Gah, capital da prov�ncia de Helmand, onde os talib�s lan�aram ataques coordenados contra o centro da cidade e sua pris�o.

Os combates se intensificaram desde o in�cio de maio, quando os insurgentes aproveitaram a fase final da retirada das for�as estrangeiras comandadas pelos Estados Unidos, que devem deixar o Afeganist�o em 31 de agosto, ap�s quase 20 anos de presen�a.

Em um discurso no parlamento, o presidente Ashraf Ghani culpou Washington pela deteriora��o da seguran�a no Afeganist�o, garantindo que sua decis�o de retirar as tropas internacionais do pa�s "foi tomada abruptamente".

As queixas surgem no dia em que os Estados Unidos anunciaram que hospedariam milhares de refugiados afeg�os em meio � escalada da viol�ncia.

O pa�s j� come�ou a realocar milhares de int�rpretes e suas fam�lias que trabalharam com eles durante essas quase duas d�cadas.

Al�m disso, as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido em Cabul acusaram o Talib� de "massacrar civis" no distrito de Spin Boldak (sul), pr�ximo � fronteira com o Paquist�o, ap�s conquist�-lo em 14 de julho.

As acusa��es se baseiam em um relat�rio da Comiss�o Independente de Direitos Humanos do Afeganist�o (AIHRC). Segundo o documento, os insurgentes assassinaram pelo menos 40 pessoas em retalia��o, entre funcion�rios e oficiais dos governos anteriores e atuais, "pessoas que n�o tinham qualquer papel combatente".

Estas informa��es s�o "profundamente perturbadoras e totalmente inaceit�veis", disse o secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, advertindo que o Afeganist�o se tornaria um "Estado p�ria" se os talib�s "tomarem o pa�s � for�a e cometerem este tipo de atrocidades".

- "A vida est� paralisada" -

No sul do Afeganist�o, o governo enviou centenas de comandos para Lashkar Gah e usa ataques a�reos para evitar que seja a primeira capital provincial a cair nas m�os do Talib�.

"H� combates, cortes de energia, doentes hospitalizados, redes de telecomunica��es desligadas. N�o h� rem�dios, e as farm�cias est�o fechadas", lamentou Hawa Malalai, uma moradora local.

O chefe do conselho provincial de Helmand, Ataullah Afghan, acusou os talib�s de "se refugiarem em casas de civis" e us�-los como escudos.

A ONG M�dicos Sem Fronteiras afirmou que os feridos aumentam em Lashkar Gah.

"Houve tiroteios cont�nuos, ataques a�reos e com morteiros em �reas densamente povoadas. Casas foram bombardeadas e muitas pessoas ficaram gravemente feridas", disse a coordenadora da ONG Helmand, Sarah Leahy, em um comunicado.

"� muito perigoso e a vida est� paralisada", acrescentou.

Por anos, Helmand foi o centro da campanha militar dos Estados Unidos e do Reino Unido no Afeganist�o.

Os vastos campos de papoula da prov�ncia fornecem a maior parte do �pio para o com�rcio internacional de hero�na, tornando-o uma fonte lucrativa de impostos e de receita para os talib�s.

A perda de Lashkar Gah seria um golpe estrat�gico e psicol�gico para o governo, que prometeu defender as capitais provinciais a todo custo depois de perder grande parte das �reas rurais para os talib�s nas �ltimas semanas.

- "Erros estrat�gicos" -

Os combates tamb�m se intensificaram em alguns distritos da prov�ncia de Kandahar, um antigo reduto dos insurgentes, e nos arredores de sua capital de mesmo nome.

"Nas �ltimas 24 horas, recebemos 18 civis feridos" em combates nos arredores de Kandahar, informou � AFP o diretor do hospital Mirwais, Daud Farhad.

O aeroporto de Kandahar foi atacado na noite de domingo. Os talib�s lan�aram foguetes que danificaram a pista, causando a suspens�o dos voos por v�rias horas.

Esta instala��o � vital para manter a log�stica e o apoio a�reo necess�rios para evitar que os insurgentes invadam a cidade.

No oeste, os combates prosseguiam em Herat, mas com menos intensidade em rela��o a dias anteriores. As for�as afeg�s "lan�aram opera��es de limpeza nos arredores de Herat" e "progridem", afirmou o porta-voz do minist�rio da Defesa, Fawad Aman.

Segundo o especialista em Afeganist�o Nishank Motwani, "se as cidades afeg�s ca�rem (...) a decis�o dos EUA de se retirarem do Afeganist�o ser� lembrada como um dos erros estrat�gicos mais not�veis da pol�tica externa americana".


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