Desde 1988, o painel j� apresentou cinco relat�rios de avalia��o, o �ltimo deles, conclu�do em 2013-2014. Agora, inicia a publica��o de seu sexto informe, dividido em tr�s cap�tulos. O primeiro deles, sobre os elementos cient�ficos mais recentes relacionados com a mudan�a clim�tica, foi publicado nesta segunda-feira (9).
A segunda parte, cuja vers�o preliminar a AFP revelou com exclusividade em junho, abrange as consequ�ncias do aquecimento clim�tico e as medidas de adapta��o, e deve ser publicado oficialmente em fevereiro de 2022. A terceira parte, dedicada �s medidas para ameniz�-lo, ser� divulgada no m�s seguinte.
Em setembro de 2022, uma s�ntese retomar� todos esses elementos.
O IPCC tem em Genebra uma equipe permanente de dez pessoas, mas seu funcionamento depende das contribui��es desinteressadas de milhares de climatologistas, especialistas da atmosfera e ocean�grafos, assim como economistas, especialistas em desenvolvimento, entre outros.
Os relat�rios baseados nos estudos existentes e elaborados por v�rias equipes t�m diversas vers�es preliminares sucessivas, que s�o submetidas � an�lise e a coment�rios de pesquisadores e especialistas dos governos.
Cada estudo termina com uma sess�o plen�ria para que os Estados aprovem o "resumo para os tomadores de decis�o", escrito pelos cientistas para facilitar as escolhas dos governos.
Em seu sexto ciclo de avalia��o, o IPCC produziu tr�s relat�rios especiais: entre eles, um sobre aquecimento de 1,5�C.
Garantido pelos Estados, o financiamento do IPCC � realizado pelo princ�pio do voluntariado, normalmente de um ano para o outro.
Criado pela ONU h� tr�s d�cadas, o IPCC sintetiza regularmente os conhecimentos cient�ficos, os trabalhos que estabeleceram o papel da atividade humana nos desajustes e levaram ao avan�o das negocia��es mundiais para limitar os gases de efeito estufa.
Em 2007, o IPCC e o ex-vice-presidente americano, Al Gore, receberam o pr�mio Nobel da Paz por seu trabalho de difus�o dos conhecimentos sobre o aquecimento clim�tico e as medidas necess�rias para limit�-lo.
De relat�rio em relat�rio, o IPCC contribuiu para dar o alarme. N�o foi um caminho f�cil, por�m, especialmente pelos ataques dos negacionistas, c�ticos do aquecimento clim�tico e do impacto da a��o humana neste fen�meno.
PARIS