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Estado de Minas CABUL

Presidente afeg�o visita cidade cercada por talib�s; insurgentes mant�m ofensiva


11/08/2021 20:00 - atualizado 11/08/2021 20:05

O presidente do Afeganist�o, Ashraf Ghani, desembarcou nesta quarta-feira (11) em Mazar-i-Sharif, a grande cidade do norte do pa�s na mira dos talib�s, para tentar coordenar uma resposta que interrompa o avan�o dos insurgentes.

Os talib�s j� controlam mais de 25% das capitais de prov�ncias.

Logo ap�s sua chegada, outra m� not�cia para o presidente: centenas de integrantes das for�as de seguran�a afeg�s, que estavam entrincheirados perto do aeroporto de Kunduz, desde a tomada da cidade pelos talib�s no fim de semana, entregaram-se aos insurgentes nesta quarta-feira.

"Os talib�s nos cercaram, dispararam obuses. N�o havia maneira de responder", disse um soldado, que pediu anonimato, � AFP.

Na madrugada desta quarta-feira, os talib�s assumiram o controle de Faizabad, capital da prov�ncia de Badajshan (nordeste), �rea em que n�o conseguiram entrar durante seu avan�o rumo ao poder nos anos 1990.

No momento, os insurgentes controlam nove das 34 capitais de prov�ncia do Afeganist�o, que ca�ram sob o controle talib� como pe�as de domin�.

Sete delas ficam no norte do pa�s, uma regi�o que sempre resistiu ao dom�nio do grupo.

Faizabad seguiu os exemplos de Farah, no oeste, e Pul-e Khumri, ao norte, que ca�ram sob controle dos insurgentes na ter�a-feira (10).

Desde sexta passada (6), os talib�s registraram uma s�rie de conquistas: Zaranj (sudoeste), Sheberghan (norte) e, sobretudo, Kunduz, a grande cidade do nordeste, assim como outras tr�s cidades setentrionais, Taloqan, Sar-e-Pul e Aibak.

- Organizar a "resist�ncia" -

A situa��o no norte do pa�s � cr�tica e as for�as de seguran�a afeg�s parecem desmoralizadas.

Em Mazar-i-Sharif, Ghani se reuniu com Mohammad Atta Noor - ex-governador da prov�ncia de Balj (cuja capital � Mazar-i-Sharif), um homem com muito poder no norte do territ�rio, que prometeu resistir "at� a �ltima gota de sangue" - e com Abdul Rachid Dostom, que j� foi seu vice-presidente.

A conversa abordou a "coordena��o, fornecimento de equipamentos e mobiliza��o das for�as de resist�ncia", escreveu no Twitter Latif Mahmood, porta-voz da Presid�ncia.

Os talib�s, que convergem de v�rios pontos em dire��o a Mazar-i-Sharif, atacaram na ter�a-feira bairros da periferia da cidade, mas foram obrigados a recuar, segundo correspondentes da AFP.

Se Mazar-i-Sharif cair sob controle dos insurgentes, isto ser� catastr�fico para o governo, que ficar� sem qualquer controle sobre a regi�o norte do pa�s. Este quadro permitiria aos talib�s concentrar for�as em outras �reas, incluindo a capital do pa�s, Cabul.

"N�o aprendem com o passado. Vieram diversas vezes ao norte sempre ca�ram na armadilha", advertiu Dostom, acusado de ter matado 2.000 talib�s por asfixia em cont�ineres em 2001.

- Atrocidades -

A viol�ncia levou dezenas de milhares de pessoas a fugirem por medo das atrocidades cometidas pelos talib�s.

Quase 390.000 pessoas foram deslocadas no pa�s pelos combates desde o in�cio do ano, segundo a Organiza��o Internacional para as Migra��es (OIM).

Os talib�s deflagraram sua ofensiva em maio passado, no in�cio da retirada final das for�as americanas, mas o avan�o dos insurgentes se acelerou nas �ltimas semanas.

Al�m da ofensiva no norte, tamb�m h� combates perto de Kandahar, a segunda maior cidade do pa�s, na regi�o central, cercada h� semanas. Os talib�s tentaram entrar na pris�o local para libertar insurgentes presos.

Os talib�s afirmaram no Twitter que entraram na pris�o, localizada na periferia, e libertaram "centenas de prisioneiros".

- Biden n�o se arrepende -

A sa�da das tropas estrangeiras do Afeganist�o deve ser conclu�da at� 31 de agosto, 20 anos depois da interven��o motivada pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

"N�o me arrependo da minha decis�o de sair do Afeganist�o", afirmou na ter�a-feira o presidente americano, Joe Biden. "Os afeg�os devem ter vontade de lutar e devem lutar eles mesmos, por sua na��o", completou.

Washington n�o esconde, por�m, a frustra��o diante da fragilidade do Ex�rcito afeg�o, treinado, financiado e equipado pelos Estados Unidos h� v�rios anos.

O Departamento de Estado anunciou nesta quarta-feira que seu enviado Zalmay Khalilzad se reunir� separadamente com o governo afeg�o e negociadores talib�s em busca de um acordo para "formar um governo inclusivo no Afeganist�o".

O porta-voz do Departamento de Estado americana, Ned Price, garantiu � imprensa que "somente por meio da diplomacia pode-se chegar a uma solu��o justa e duradoura".

Na ter�a-feira, representantes de Catar, Estados Unidos, China, Reino Unido, Uzbequist�o, Paquist�o, ONU e Uni�o Europeia se reuniram em Doha para tratar da situa��o no Afeganist�o.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan tamb�m apoiou uma solu��o diplom�tica, abrindo as portas para um encontro pessoal com os l�deres do movimento Talib�.

A Turquia, pa�s membro da Otan, tem tropas no Afeganist�o e est� em negocia��es com Washington para assumir a seguran�a do aeroporto de Cabul ap�s a retirada dos americanos.


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