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Estado de Minas MADRI

Espanha convoca embaixadora na Nicar�gua em protesto por declara��es do governo Ortega


11/08/2021 20:25

A Espanha convocou nesta quarta-feira para consultas sua embaixadora na Nicar�gua, devido a "acusa��es graves e infundadas" feitas pelo governo de Daniel Ortega, questionado internacionalmente por prender opositores e rivais, a menos de tr�s meses das elei��es.

O Ministro das Rela��es Exteriores espanhol, Jos� Manuel Albares, "convocou para consultas Mar�a del Mar Fern�ndez-Palacios, ap�s uma nota emitida ontem pelo governo nicaraguense na qual foram feitas acusa��es graves e infundadas contra a Espanha e suas institui��es", explicou a chancelaria.

O minist�rio tamb�m denunciou "o recrudescimento da repress�o por parte do governo" de Daniel Ortega "contra personagens pol�ticos e sociais da oposi��o, bem como contra ve�culos de comunica��o independentes". Na v�spera, a chancelaria da Nicar�gua denunciou a interfer�ncia da Espanha em seus assuntos, lembrando que "deixou de ser col�nia h� s�culos" e respondendo a Madri que um governo socialista, como o de Pedro S�nchez, praticou o "terrorismo de Estado "contra a organiza��o armada basca ETA.

Nesta quarta-feira, o governo de Man�gua respondeu � decis�o da Espanha de chamar a embaixadora para consultas. Em outra carta, confirmou que "tudo o que foi afirmado" em seu comunicado desta ter�a-feira s�o "apenas verdades, e isso � justamente o que irrita esse ilustre reino".

O novo documento, lido em seu discurso di�rio pela vice-presidente e primeira-dama, Rosario Murillo, chama a Espanha, que "se mostra t�o arrogante, orgulhosa e falsa", a "respeitar os direitos humanos sem repress�o e garantir os processos sociais, pol�ticos e cidad�os".

O governo Ortega prendeu 32 opositores nas �ltimas semanas, incluindo sete poss�veis rivais nas elei��es presidenciais de 7 de novembro, nas quais o presidente disputar� o quarto mandato consecutivo. Seu governo foi sancionado pelos Estados Unidos e pela Uni�o Europeia, acusado de violar os direitos humanos e pela repress�o a opositores desde o in�cio das manifesta��es contra ele, em 2018.


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