"Nos desvinculamos deste caso por raz�es pessoais e ordenamos sua devolu��o ao decano deste tribunal", informou o juiz Mathieu Chanlatte em carta dirigida ao tribunal de primeira inst�ncia de Porto Pr�ncipe.
A rapidez com que o magistrado abandonou o caso, epicentro da aten��o nacional, n�o surpreende alguns profissionais da justi�a, que n�o escondem o risco da miss�o.
"Eu disse que seria dif�cil para o juiz Chanlatte: continua tendo o mesmo carro, n�o tem outros seguran�as a seu servi�o", reagiu em declara��es � AFP o juiz Jean Wilner Morin, presidente da Associa��o Nacional de Magistrados do Haiti, em um momento em que o pa�s est� assolado pela viol�ncia de grupos armados.
"Os grupos armados est�o nas imedia��es do tribunal de primeira inst�ncia de Porto Pr�ncipe, raz�o pela qual � muito dif�cil que qualquer magistrado possa levar adiante este caso", acrescentou Morin,
Na investiga��o sobre o homic�dio do presidente em 7 de julho em sua resid�ncia, a pol�cia haitiana diz j� ter detido 44 pessoas, entre elas 12 policiais haitianos, 18 colombianos e dois americanos de origem haitiana.
As d�vidas sobre o assassinato aumentam no pa�s: quem s�o os autores? Qual foi o motivo do ataque em que a primeira-dama foi ferida a bala, mas nenhum agente de seguran�a do chefe de Estado foi atingido?
"� necess�rio que todos os atores implicados aceitem que se lance luz sobre o assunto: quando um magistrado n�o disp�e dos meios necess�rios para tratar de um caso assim, o caso est� sendo obstru�do (...) Quando o tribunal onde fica o escrit�rio do magistrado n�o � seguro e os documentos podem ser roubado, o caso est� sendo obstru�do", disse Jean Wilner Morin.
PORTO PR�NCIPE