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Estado de Minas OTTAWA

Justin Trudeau convoca elei��es antecipadas no Canad�


15/08/2021 16:34 - atualizado 15/08/2021 16:37

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou neste domingo (15) elei��es antecipadas para 20 de setembro, menos de dois anos ap�s as �ltimas federais, estimando que com a pandemia o pa�s atravessa um momento "hist�rico".

"A governadora-geral aceitou meu pedido para dissolver o Parlamento. Os canadenses, portanto, ir�o �s urnas em 20 de setembro", disse da capital federal, Ottawa.

Segundo Trudeau, o pa�s vive um "momento hist�rico" e por isso � "extremamente importante que os canadenses possam escolher como sairemos desta pandemia e como nos reconstruiremos melhor".

"Agora, tomaremos decis�es n�o somente para os pr�ximos meses, mas para as d�cadas que vir�o", disse Trudeau, de 49 anos.

"Pe�o que apoiem um governo progressista e ambicioso" que defenda "um sistema de sa�de forte, moradia acess�vel e um meio ambiente protegido", declarou, lan�ando alguns dos principais temas de sua campanha.

� frente de um governo minorit�rio desde outubro de 2019, o que o torna dependente dos partidos de oposi��o para aprovar suas reformas, Justin Trudeau pretende aproveitar as pesquisas favor�veis, sua gest�o da pandemia e o sucesso da campanha de vacina��o.

Mas os outros partidos, todos contra a realiza��o de uma vota��o neste ver�o, iniciaram as hostilidades e denunciaram um c�lculo pol�tico, enquanto a pandemia ainda n�o acabou.

Como outros pa�ses, o Canad� anunciou recentemente que enfrenta uma quarta onda epid�mica, devido � variante Delta, que � mais contagiosa.

No entanto, o pa�s tem uma das melhores coberturas vacinais do mundo - 71% dos 38 milh�es de canadenses receberam a primeira dose e 62% est�o totalmente imunizados.

"Era a �nica janela para Justin Trudeau, porque com o retorno �s aulas em duas semanas, os casos de covid inevitavelmente aumentar�o", comentou � AFP F�lix Mathieu, professor de ci�ncia pol�tica da Universidade de Winnipeg.

"E j� dura 18 meses, que � o tempo m�dio de vida de um governo minorit�rio".

Mas � uma "aposta arriscada", acredita Daniel B�land, professor de ci�ncia pol�tica da Universidade McGill, tendo em vista as pesquisas atuais que n�o lhe garantem a maioria.

Para liderar um governo majorit�rio, seu partido, que tem 155 membros eleitos, ter� de obter pelo menos 170 das 338 cadeiras na C�mara dos Comuns, a c�mara baixa do Parlamento.

- Participa��o incerta -

"A elei��o pode ser disputada em algumas cadeiras", acrescenta ele e "como esta elei��o � claramente uma decis�o de Trudeau, se ele falhar, pode custar caro em termos de lideran�a".

Diante dele, Erin O'Toole, l�der dos conservadores, �nico outro partido capaz de formar um governo - atualmente 119 deputados - sofre de falta de notoriedade entre a opini�o p�blica, mas poder� contar com as prov�ncias rurais como reservat�rio de votos.

Neste domingo, para o lan�amento oficial de sua campanha, O'Toole apostou em seu discurso na promessa de uma "economia forte" em contraste com a pol�tica liberal de "mais d�vida, mas gasto". Tamb�m denunciou de maneira enf�tica a decis�o de Trudeau de convocar elei��es.

"N�o devemos colocar em risco nossos esfor�os por jogos ou benef�cios pol�ticos", disse O'Toole em coletiva de imprensa.

Jagmeet Singh, que dirige o Novo Partido Democr�tico (NDP), � o outro rival de Trudeau e pode angariar votos entre os jovens e moradores urbanos.

Denunciando uma "decis�o ego�sta" de Trudeau, Singh afirmou neste domingo que estava disposto "a lutar pelos trabalhadores, para obrigar os super-ricos e as grandes empresas a pagar sua parte justa, e para construir uma recupera��o que beneficie a todos".

Prev�-se que a campanha eleitoral, anunciada para durar apenas 36 dias, gire em grande parte em torno da gest�o da pandemia e dos amplos programas de ajuda emergencial implantados pelo governo, bem como do plano de recupera��o p�s-pandemia de 101 bilh�es de d�lares em tr�s anos.

Mas as quest�es ambientais e de reconcilia��o com os povos ind�genas tamb�m ser�o cruciais para estas elei��es, que promete ser in�dita.

As medidas sanit�rias ainda em curso em v�rios estados limitar�o os com�cios eleitorais e a grande incerteza ser� a participa��o, sabendo que "uma baixa participa��o reduziria a legitimidade do pr�ximo governo", acrescenta F�lix Mathieu.

Al�m disso, se a vota��o por correspond�ncia se sobressair, como � esperado devido � pandemia, o resultado da vota��o pode demorar a ser conhecido.


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