O servi�o de Prote��o Civil do Haiti atualizou o balan�o do terremoto na quarta-feira � noite: 2.189 mortos, 332 desaparecidos e mais de 12.000 feridos.
"As opera��es de resgate continuam", afirmou o organismo no Twitter.
O caos impera na regi�o sudoeste do pa�s e os desabrigados tamb�m precisam enfrentar as chuvas provocadas pela passagem do furac�o Grace.
O governo dos Estados Unidos fretou oito helic�pteros do ex�rcito a partir de Honduras para ajudar nas evacua��es por raz�es m�dicas. Al�m disso, o "USS Arlington" deve chegar nas pr�ximas horas ao Haiti com uma equipe m�dica.
"Temos ao redor de 600.000 pessoas diretamente afetadas e que precisam de ajuda humanit�ria imediata", disse Jerry Chandler, diretor de prote��o civil do Haiti, no Centro de Opera��es de Emerg�ncia Nacional em Porto Pr�ncipe.
"Tivemos que encontrar meios para garantir a seguran�a, o que continua sendo um grande desafio. Sabemos que havia um problema no n�vel da sa�da sul de Porto Pr�ncipe, em Martissant, mas este problema aparentemente est� resolvido, j� que temos conseguido passar nos dois �ltimos dias", explicou.
- Tr�gua informal -
Desde o come�o de junho, o tr�nsito seguro era imposs�vel em dois quil�metros da estrada que atravessa Martissant, bairro pobre da capital haitiana, assolado por confronto entre quadrilhas.
Ap�s o terremoto cessaram os disparos espor�dicos e os ataques aleat�rios contra ve�culos, sem que tenha sido realizada nenhuma opera��o policial para recuperar o controle do bairro, segundo as autoridades.
Embora esta tr�gua informal imposta pelos grupos armados seja um al�vio para os servi�os humanit�rios, a distribui��o de ajuda aos desabrigados n�o deixa de ser complicada.
"Ocorre que enfrentamos popula��es um pouco frustradas e impacientes, que causam problemas e precisamente bloqueiam os comboios", disse Jerry Chandler.
"A ideia � poder chegar o mais rapidamente poss�vel e atender a maior quantidade de pessoas", acrescentou.
- Desaparecidos -
A mais de 200 km dali, na pequena localidade de Maniche, os moradores esperam o apoio de que tanto precisam ap�s o terremoto de magnitude 7,2.
"Todas as institui��es que haviam est�o em ru�nas. N�o temos igrejas, o sal�o paroquial, o dispens�rio desabaram totalmente...", enumera, desolada, Rose Hurguelle Point du Jour.
Geordany Bellevue compartilha desta ang�stia e est� especialmente preocupado com as �reas isoladas de sua comuna.
"Nas montanhas houve muitos deslizamentos de terra, que mataram e feriram muita gente. Alguns est�o desaparecidos. N�o temos capacidade de ir busc�-los nos cumes", diz.
"J� � complicado receber ajuda aqui no centro de Maniche e quando isto acontece, nunca chega �s v�timas de �reas isoladas", lamenta, lembrando a gest�o da ajuda humanit�ria ap�s a passagem devastadora do furac�o Matthew em 2016.
PORTO PR�NCIPE