"Agora o tribunal n�o tem mais jurisdi��o neste assunto", declarou o juiz Nigel Ross, durante uma audi�ncia no tribunal de Edimburgo, considerando que extraditar para a Espanha uma pessoa que n�o reside no Reino Unido � "irrealiz�vel".
"O tribunal j� havia antecipado que Clara Ponsat� n�o estava mais sob a jurisdi��o da Esc�cia e foi acordado que ela deveria receber baixa como pessoa procurada. Este procedimento judicial para sua extradi��o finalmente chegou ao fim", disse seu advogado, Aamer Anwar, � imprensa.
Ex-conselheira da Educa��o do governo catal�o de Carles Puigdemont, Ponsat�, de 64 anos, � exigida pela Justi�a espanhola por sua participa��o em 1� de outubro de 2017 na organiza��o de um referendo de autodetermina��o proibido por Madri.
No dia 27 daquele m�s, o Parlamento catal�o declarou unilateralmente a independ�ncia. O governo espanhol conservador da �poca reagiu a este procedimento, destituindo o Executivo catal�o e colocando a regi�o sob tutela.
A tentativa de secess�o de 2017 foi uma das piores crises pol�ticas desde o fim da ditadura de Francisco Franco, em 1975, e ainda afeta a pol�tica nacional.
Perseguidos pela Justi�a, os l�deres separatistas fugiram da Espanha, como Puigdemont, ou foram presos, como o ent�o vice-presidente catal�o e l�der do partido Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) Oriol Junqueras.
Assim como fizeram outros l�deres separatistas, entre eles o ex-presidente Puigdemont, Ponsat� deixou a Espanha para fugir da Justi�a. Voltou para a Esc�cia, onde j� havia trabalhado como professora de Economia na Universidade de St. Andrews.
Em 1� de fevereiro de 2020, Ponsat�, que havia disputado as elei��es europeias do ano anterior sem obter assento, tornou-se eurodeputada, depois que alguns dos postos ocupados pelo Reino Unido no Parlamento Europeu foram redistribu�dos para outros pa�ses ap�s o Brexit. Pelo menos cinco assentos foram a para a Espanha.
Com isso, ela se somou a outros dois membros do Parlamento Europeu exigidos na B�lgica pela Justi�a espanhola: o pr�prio Puigdemont e seu ex-ministro Toni Com�n.
A Justi�a espanhola acusa Puigdemont e Com�n de sedi��o e de desvio de dinheiro, e Ponsat�, apenas de sedi��o.
Os independentistas, no poder na Catalunha, exigem uma anistia geral - um extremo que implicaria o apagamento dos crimes cometidos - e a realiza��o de um referendo de autodetermina��o, possibilidades descartadas por Madri.
EDIMBURGO