"N�o vamos nos enganar: meninas e mulheres afeg�s est�o prestes a perder sua liberdade e dignidade e voltar � triste condi��o, em que se encontravam h� 20 anos", declarou Draghi.
No momento, a It�lia est� com a presid�ncia rotativa do G20, o grupo dos 20 pa�ses mais ricos do mundo.
"Correm o risco de ser, de novo, cidad�s de segunda classe, v�timas de viol�ncia e de discrimina��o sistem�tica, simplesmente por seu g�nero", acrescentou, em mensagem enviada por ocasi�o da primeira confer�ncia ministerial do G20 sobre os direitos das mulheres, que acontece nesta quinta-feira, na cidade de Santa Margherita Ligure, no norte da It�lia.
Os pa�ses do G20 "devem fazer tudo que estiver ao seu alcance para garantir que as mulheres afeg�s preservem suas liberdades fundamentais e seus direitos b�sicos, em particular o direito � educa��o. Os avan�os obtidos nos �ltimos 20 anos devem ser preservados", insistiu Draghi.
"N�o podemos, nem queremos fechar os olhos", declarou a ministra italiana para a Igualdade de Oportunidades e a Fam�lia, Elena Bonetti, que presidiu a reuni�o.
"N�o podemos tolerar que sejam privadas dos direitos fundamentais, nem a viol�ncia, nem os abusos", acrescentou.
Desde que assumiram o poder em 15 de agosto passado, os talib�s t�m tentado convencer a opini�o p�blica de que mudaram, garantindo que os direitos das mulheres ser�o preservados, "de acordo com os princ�pios do Isl�", e que ter�o permiss�o para estudar e trabalhar.
Muitos afeg�os e representantes da comunidade internacional n�o escondem, por�m, seu ceticismo diante destas promessas.
No regime anterior dos talib�s, entre 1996 e 2001, as mulheres foram proibidas de sair de casa sem um acompanhante do sexo masculino. Tamb�m n�o podiam trabalhar. As meninas foram impedidas de irem � escola, e as mulheres acusadas de adult�rio eram a�oitadas e apedrejadas em p�blico.
MIL�O