Josu Ternera, de 70 anos, havia sido condenado em 2017 � revelia a oito anos de pris�o por sua "participa��o" em um grupo "terrorista", mas ap�s sua pris�o em 2019 nos Alpes franceses, ele pediu para ser julgado novamente.
O tribunal correcional de Paris considerou agora que nenhum "elemento" de sua participa��o no ETA entre 2011 e 2013, o per�odo sob julgamento, nem arma, nem documentos, nem vest�gios de DNA, etc., foram encontrados.
"A vida na clandestinidade com nome e sobrenome falsos, mas n�o com documentos falsos, n�o pode constituir elemento material ou ato" para preparar atentados, ressaltou a presidente do tribunal durante a leitura da decis�o.
O ex-l�der do ETA, vestido com palet� preto e camisa branca, abra�ou seu advogado com aparente felicidade ao final da leitura do veredicto, constatou a AFP.
"Estamos aliviados, satisfeitos", garantiu aos rep�rteres seu advogado Laurent Pasquet-Marinacce, para quem o tribunal reconhece que "ele teve um papel ativo e central no processo de paz".
Josu Antonio Urrutikoetxea Bengoetxea - seu nome verdadeiro - � considerado um dos l�deres hist�ricos do ETA e foi acusado de ter desempenhado um papel importante durante sua vida na clandestinidade no departamento de Ari�ge (sul).
Durante seu julgamento em junho, ele alegou que cortou la�os com o grupo armado em 2006 e que sua vida sob uma falsa identidade em uma casa rural em Ari�ge era a de um "lenhador", "isolado do mundo".
No entanto, ele reconheceu ter concordado em participar das negocia��es de paz em Oslo entre 2011 e 2013 e leu o comunicado sobre a dissolu��o da organiza��o em 3 de maio de 2018, mas sempre "fora" do aparelho.
Reclamado pela Justi�a espanhola desde 2002, Josu Ternera viveu escondido at� sua pris�o em maio de 2019 - ap�s mais de 16 anos foragido - no estacionamento de um hospital onde iria ser tratado.
Ele ser� julgado novamente na Fran�a, nos dias 13 e 14 de setembro, sob acusa��o de pertencer ao ETA, desta vez entre 2002 e 2005. Neste caso, ele tamb�m foi condenado � revelia em 2010 a sete anos de pris�o em apela��o.
Surgido em 1959 sob a ditadura de Francisco Franco, o ETA � acusado de ter matado 853 pessoas durante quatro d�cadas de viol�ncia em nome da independ�ncia do Pa�s Basco.
PARIS