A l�der alem� visitou a cidade de Altenahr, na regi�o da Ren�nia-Palatinado, que foi devastada pela chuva e registrou muitas v�timas.
No domingo (5), seguir� para a regi�o vizinha da Ren�nia do Norte-Vestf�lia, a maior da Alemanha, acompanhada do l�der regional e candidato de seu partido conservador para as elei��es de 26 de setembro, Armin Laschet.
"Quando voc� est� aqui, sente o medo mortal que muita gente teve na noite da inunda��o, enquanto esperavam em cima de seus telhados", disse Merkel em Altenahr, onde muitas casas continuam inabit�veis.
"N�o esqueceremos de voc�s, o pr�ximo governo continuar� de onde paramos", disse, referindo-se �s ajudas p�blicas para as v�timas.
A chanceler j� esteve nessas �reas nos dias que se seguiram � cat�strofe de 14 e 15 de julho, que deixou mais de 180 mortos.
Na ocasi�o, Armin Laschet era favorito para substituir a chanceler, que deixar� o cargo ap�s 16 anos no poder.
Agora, o quadro � outro. Os conservadores ca�ram de 34% para 21% nas inten��es de voto e s�o superados em dois pontos pelos sociais-democratas do SPD, liderados pelo ministro das Finan�as, Olaf Scholz, segundo levantamento do instituto Forsa.
Embora Merkel ainda desfrute de popularidade recorde, as perspectivas para Laschet s�o sombrias.
E, nas cidades devastadas pelas enchentes, o choque inicial deu lugar a imensas expectativas e frustra��es, diante da falta de meios do poder p�blico.
Mantendo-se longe da campanha eleitoral at� agora, Merkel decidiu se envolver na reta final, colocando sua popularidade a servi�o do novo l�der conservador. Laschet � criticado, inclusive, em suas pr�prias fileiras.
Em 21 de agosto, Merkel j� havia participado de um com�cio eleitoral de seu correligion�rio em Berlim, dando-lhe um firme apoio e elogiando seus valores e sua carreira pol�tica.
Nesta semana, a chanceler atacou o candidato social-democrata, seu pr�prio ministro das Finan�as, acusando-o de flertar com a esquerda radical.
- Irrita��o entre os afetados -
Sua visita no domingo com Laschet � apresentada como um novo teste para este �ltimo, que cometeu uma enorme gafe em julho.
Poucos dias ap�s a cat�strofe, ele foi pego pelas c�meras rindo, durante um discurso do presidente alem�o, Frank-Walter Steinmeier, em homenagem �s v�timas das enchentes.
O conservador tamb�m foi tomado como alvo da indigna��o dos atingidos pelas inunda��es, que reclamam da lentid�o do aux�lio. Um deles o acusou de "mega-in�til" que vai pagar "a conta nas elei��es".
Al�m disso, ele e Merkel enfrentam acusa��es de neglig�ncia e de falta de previs�o e antecipa��o de medidas, por parte das autoridades, o que levou � abertura de uma investiga��o judicial em agosto.
Nos munic�pios afetados, a irrita��o � palp�vel.
"Esperamos que o dinheiro chegue sem burocracia. Foi o que Laschet prometeu quando veio gritar 'slogans' idiotas, mas nada disso aconteceu", criticou Christine Jahn, de 66 anos, em entrevista � AFP.
Esta moradora de Leipzig (leste) faz parte do grupo de volunt�rios procedentes de todo pa�s para ajudar as regi�es afetadas do oeste.
Al�m de centenas de milh�es de euros em ajuda, o governo e as regi�es afetadas elaboraram um plano de reconstru��o de 30 bilh�es de euros (US$ 35,6 bilh�es).
As dram�ticas inunda��es, as quais os especialistas associam �s mudan�as clim�ticas, aumentaram ainda mais a consci�ncia ambiental entre os alem�es, mas n�o beneficiaram o Partido Verde.
A sigla, que vinha liderando a disputa eleitoral meses atr�s, est� em dificuldades e aparece na segunda, ou terceira, posi��o, dependendo da pesquisa.
BERLIM