For�ada por Pequim, em agosto, a solucionar "ativamente" seus problemas de d�vida, a empresa disse que "far� todo poss�vel" para manter suas atividades.
Alguns credores come�aram, no entanto, a exigir o pagamento "imediato" de suas d�vidas, informou a ag�ncia de not�cias Bloomberg nesta sexta-feira (3).
- Peso do setor imobili�rio -
A Evergrande � um dos maiores grupos privados chineses, com cerca de 200 mil funcion�rios diretos e 3,8 milh�es de funcion�rios indiretos, de acordo com a empresa.
� tamb�m uma das principais incorporadoras imobili�rias da China, com presen�a declarada em mais de 280 cidades.
Seu presidente, Xu Jiayin, � a quinta fortuna do pa�s, segundo a consultoria especializada Hurun.
Al�m do mercado imobili�rio, a Evergrande � conhecida na China por seu clube de futebol, Guangzhou FC (antes Guangzhou Evergrande), treinado pelo campe�o mundial italiano Fabio Cannavaro.
Um processo de diversifica��o que, durante alguns anos, levou a empresa a investir em setores muito distintos.
Presente no florescente mercado de alimentos e de �gua mineral com Evergrande Spring, tamb�m criou parques de divers�o, que desejava serem "maiores" que os de sua rival, a Disney.
Est� igualmente presente no turismo, na Internet, na tecnologia digital, seguros, sa�de... e at� no setor de carros el�tricos.
Fundada em 2019, a Evergrande Auto tinha como objetivo relan�ar o grupo, revolucionar o setor e rivalizar com a americana Tesla. Dois anos depois, por�m, a empresa n�o apenas n�o vende ve�culos, como perdeu metade de seu valor h� algumas semanas.
- Aquisi��es -
A Evergrande se endividou nos �ltimos anos em fun��o de sua pol�tica de expans�o, com m�ltiplas aquisi��es. Segundo a companhia, seu passivo � de 1,97 trilh�o de iuanes (mais de US$ 300 bilh�es).
Pequim considera a Evergrande um "rinoceronte cinza", termo que define uma grande empresa com endividamento alarmante e risco financeiro sist�mico.
Al�m da Evergrande, as autoridades est�o particularmente preocupadas com o volume de empr�stimos contra�dos pelos grandes conglomerados privados do pa�s e seu labirinto de subsidi�rias.
Nos �ltimos anos, o governo chin�s obrigou empresas como Wanda (imobili�ria, cinema, parques de divers�es), Fosun (turismo, entretenimento) e HNA (turismo, avia��o) a apertarem o cinto.
Em agosto, Pequim pressionou publicamente a Evergrande a resolver seus problemas de d�vida. Um gesto inusitado decorrente da preocupa��o que impera em torno da sa�de financeira do grupo.
As a��es da Evergrande na Bolsa de Valores de Hong Kong entraram em queda livre nos �ltimos meses. E, no �ltimo ano, perderam 70% do seu valor.
Recentemente, terceirizados e fornecedores reclamaram de falta de pagamentos.
Temendo sua capacidade de reembolso no m�dio prazo, a ag�ncia de classifica��o de risco Moody's rebaixou em agosto a s�lida nota do grupo, que caiu para "Caa1", uma das mais baixas. Fitch e Standard and Poor's (S&P;) fizeram o mesmo.
- Press�o -
O setor imobili�rio �, tradicionalmente, uma das locomotivas da economia chinesa e teve papel fundamental na recupera��o econ�mica ap�s a pandemia, concentrando em torno de 25% dos investimentos no ano passado.
Pequim teme uma bolha, raz�o pela qual apertou as condi��es de acesso ao cr�dito para incorporadoras imobili�rias nos �ltimos meses.
De acordo com as novas regras, Evergrande n�o pode vender propriedades antes de sua constru��o estar definitivamente conclu�da. No passado, o grupo abusou deste modelo para financiar e manter seus neg�cios funcionando.
"Pequim n�o deixar� a Evergrande cair", apesar da press�o, dizem analistas da consultoria americana SinoInsider. "Teria um impacto consider�vel sobre o regime" e sobre sua estabilidade, acrescentaram em um texto.
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