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Estado de Minas DIREITOS

Talib� chicoteia e espanca mulheres em manifesta��o em Cabul

Manifesta��o, impens�vel durante governo do Emirado Isl�mico do Afeganist�o (regime talib�, entre 1996 e 2001), mobilizou pelo menos 50 mulheres


05/09/2021 08:56 - atualizado 05/09/2021 11:13

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(foto: Arquivo Pessoal/CB)
Razia Barak Haidari, 26 anos, recebeu um soco na orelha, na manh� desse s�bado. A professora universit�ria, desempregada desde que o Talib� retornou ao poder, em 13 de agosto passado, contou ao Correio que sente muitas dores no ouvido e na cabe�a. A agress�o foi cometida por talib�s, que reprimiram um protesto organizado por ela. "Eles usaram pistolas Taser (choques el�tricos), spray de pimenta, g�s lacrimog�neo e chicoteadas. Os talib�s nos cercaram e come�aram a nos agredir", afirmou, por meio do Messenger e, depois, pelo WhatsApp.

A manifesta��o, impens�vel durante o governo do Emirado Isl�mico do Afeganist�o (regime talib�, entre 1996 e 2001), mobilizou pelo menos 50 mulheres. Com cartazes e gritando palavras de ordem, elas se reuniram diante do Pal�cio Presidencial e do pr�dio do Minist�rio da Defesa, em Cabul, no 6º Distrito. "Eles s�o violentos e sabem apenas como matar pessoas. Fomos amea�adas de morte. Disseram-nos que f�ssemos para casa ou atirariam contra n�s", lamentou Razia, que n�o se intimida com a viol�ncia. A afeg� faz quest�o de se apresentar como ativista dos direitos das mulheres e feminista.

Pelo menos quatro manifestantes ficaram gravemente feridas - uma delas, Narjes, foi chicoteada na cabe�a pelo Talib� e amea�ada de morte. "O protesto come�ou �s 9h (1h30 em Bras�lia, desse s�bado). Nosso objetivo foi exigir que as mulheres tenham direito ao trabalho e � vida social", explicou. "N�s n�o queremos ser transformadas em escravas. N�s estudamos e todas somos ativistas sociais", acrescentou.
Ela acredita que protestos similares nas prov�ncias de Herat e de Nimroz levar�o as mulheres afeg�s a lutar. "N�s j� estamos lutando. O Talib� n�o tem respeito algum pelas mulheres, mas estamos lutando para sobreviver", desabafou Razia.

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(foto: Arquivo Pessoal/CB)

A ativista teme que os talib�s comecem a executar manifestantes nos pr�ximos dias. "Na quinta-feira, duas professoras foram assassinadas por eles na cidade de Herat. Os talib�s apedrejar�o todas as afeg�s ativistas e educadas. Algumas ser�o colocadas sob pris�o domiciliar", prev�. Razia pede � comunidade internacional para que se simpatize com a causa das mulheres do Afeganist�o. "N�s n�o temos nenhum simpatizante, nem mesmo um governo que nos apoie", lamentou. "Pedimos ao mundo para que n�o reconhe�a o governo do Talib�."


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